A um mês do carnaval, investimento na folia não é consenso entre as prefeituras da região. Municípios como Ituiutaba e Uberlândia já posicionaram que não aplicarão dinheiro público para a realização da festa. Outras cidades, como Uberaba, anunciaram apenas uma programação de baixo custo no feriado.
O prefeito de Ituiutaba, Fued Dib (PMDB), comunicou oficialmente o cancelamento do carnaval 2017. Em nota distribuída à imprensa nesta semana, o gestor justificou que a medida seria para a contenção de gastos diante do momento de insegurança financeira. Com isso, será o terceiro ano consecutivo que a festa popular não é realizada no município. O peemedebista, no entanto, adiantou que a folia será planejada para 2018.
Em Uberaba, o prefeito Paulo Piau (PMDB) descartou repassar verba para financiar o desfile das escolas de samba neste ano. Segundo ele, a proposta para 2017 será realizar atividades educativas envolvendo as escolas públicas e também aproveitar shows com artistas locais que já estejam no cronograma da Fundação Cultural.
A prefeitura de Capinópolis realizará as festividades de carnaval na praça João Moreira de Souza.
Também o prefeito reeleito de Conceição das Alagoas, Celson Pires (PMDB), declarou em entrevista à Rádio JM de Uberaba que a cidade terá programação de carnaval, mas o orçamento para a festa será enxuto.
Na mesma linha, o prefeito de Delta (PMN), Marcos Stevam, posicionou que também trabalha com um investimento mínimo para não deixar a folia passar em branco na cidade. A programação ainda está sendo definida.
Em Campo Florido, o novo prefeito, Ronaldo Bernardes (PR), assegura que a tradicional folia será realizada neste ano, apesar do aperto financeiro. Segundo ele, a programação ainda não está definida e nem o valor a ser gasto com a festa. Uma análise está sendo feita para a abertura de licitação no início de fevereiro para contratar as atividades que serão realizadas. “É um ano muito ruim de receita. Então, faremos um carnaval básico”, adiantou.
Assumindo agora a Prefeitura de Veríssimo, Luiz Carlos da Silva – Luizinho do Doca (PV), também manifestou que a cidade não destinará recursos para a folia neste ano devido à situação financeira. Ele disse que herdou mais de R$2 milhões de dívidas da administração passada. Com isso, não terá dinheiro para custear o tradicional carnaval na praça do município. “Queríamos fazer, mas infelizmente não temos condição financeira. A Prefeitura está muito endividada”, declarou.
Em Uberlândia, a associação que representa as escolas de samba chegou a solicitar à Prefeitura equipamentos de som e banheiros químicos para realizar a folia, mas o pedido foi negado. A Secretaria Municipal de Cultura de Uberlândia informou que não seria possível devido à falta de orçamento para tais despesas, pois o estado de calamidade financeira foi decretado na cidade e a situação suspende investimentos públicos em eventos festivos ou comemorativos.