por PAULO BRAGA
CAPINÓPOLIS, MINAS GERAIS – Uma audiência pública para tratar da situação das usinas sucroalcooleiras do Grupo João Lyra – instaladas no Pontal do Triângulo Mineiro – mobilizou várias cidades da região nesta quarta-feira (12) de abril. O evento ocorreu na Câmara Municipal de Capinópolis.
Os prefeitos das quatro cidades mais afetas pelo encerramento das atividades das usinas Vale do Paranaíba e Triálcool, participaram do encontro – Cleidimar Zanotto – Capinópolis; Ovídio Afro – Cachoeira Dourada; Leandro Luiz – Ipiaçu e Ualisson Carvalho – Canápolis.
Todos os vereadores do Legislativo capinopolense prestigiaram o evento. Parlamentares das cidades de Ipiaçu, Canápolis e Ituiutaba também participaram do encontro.
O debate público teve início com o pronunciamento do presidente do Legislativo capinopolense, Ivo Américo, que estabeleceu uma “linha do tempo” para contar a história da usina Vale do Paranaíba, instalada em Capinópolis – “No início da década de 2000, vimos um novo e promissor futuro surgir no cenário local. Milhares de novas pessoas passaram a fazer parte do nosso cotidiano e grandes elos de amizade foram firmados. Nosso comércio vivia momentos gloriosos com geração de emprego e renda. Em 2012, o horizonte que anunciava o futuro, perdeu sua cor e uma grande crise financeira se abateu sobre o grupo João Lyra, afetando diretamente o pagamento salarial dos colaboradores que prestavam serviços à unidade sucroalcooleira. Em 2013, a crise se aprofundou e as atividades foram encerradas definitivamente. Nossa gente perdeu o emprego, nossos amigos tiveram de ir embora em busca de sobrevivência – nosso comércio viu a locomotiva da prosperidade econômica se estagnar. “, disse Ivo Américo.
A vereadora Neide Martins, ex-funcionária do Grupo João Lyra, relembrou os anos que atuou como bituqueira na usina Vale do Paranaíba e emocionada, lembrou os amigos que tiveram de partir para outras cidades.
O prefeito anfitrião, Cleidimar Zanotto, salientou que tentativas de agendamento de uma reunião com a nova administração da Massa Falida, instituída recentemente após o afastamento dos antigos gestores – João Daniel e Henrique Cunha. O prefeito cobrou união das lideranças das cidades vizinhas – “Nós temos de unir as forças da região, sejam vereadores (…) sejam prefeitos (…). Temos que arregaçar as mangas e lutar pelo objetivo da nossa região”, disse Zanotto.
Os prefeitos Ovídio Afro, Leandro Luiz e Ualisson Carvalho expuseram a realidade de suas comunidades.
Sempre que um agendamento para abertura de propostas é fixado, uma manobra jurídica é colocada em ação para impedir o andamento do processo de venda ou arrendamento – “eles não querem nem abrir as propostas para ver os interessados”, disse Leonardo Luiz, prefeito de Ipiaçu.
Segundo o advogado Leonardo Altef – que representou a cidade de Ituiutaba juntamente com o vereador José Divino – uma audiência com o Governador do Estado de Minas, Fernando Pimentel, deve ocorrer em breve e o restabelecimento das atividades das usinas sucroalcooleiras instaladas no Pontal do Triângulo Mineiro estará na pauta.
Durante a exposição de ideias, alguns fatos peculiares foram relembrados pelo vereador Zorro da cidade de Canápolis, como a má receptividade que os mineiros da região enfrentaram aos buscar uma solução para o caso de falência das unidades industriais em Alagoas – “Chegamos a passar até fome, pois entravamos em reunião às 7h e saiamos às 17h sem almoço”, relembrou.
O vereador e mestre de cerimônia – Edward Sales – salientou que essa má recepção dos mineiros não era reciproca, já que a título, os encarregados vindos de Alagoas para Capinópolis, eram chamados de “doutor” na Usina Vale do Paranaíba.
Alagoas ainda é dominada por uma leva de coronéis e seus jagunços adestrados e armados, diferente da realidade do Triângulo Mineiro, umas das regiões mais ricas e desenvolvidas do Estado de Minas Gerais.
Apesar de convidados, nenhum representante da Massa Falida compareceu à prenunciada audiência Pública, tornando o evento uma espécie de debate para levantamento de ideias. A comunidade – representada por populares – chegou a sugerir a criação de uma cooperativa para reativar e manter as atividades das usinas. A paralisação do trevo situado entre Ituiutaba e Monte Alegre de Minas (Trevão), que interliga Minas Gerais, São Paulo e Goiás, também chegou a ser cogitado.
A venda da usina Vale do Paranaíba, instalada em Capinópolis, pode mudar o rumo da economia local – A usina sucroalcooleira foi avaliada em R$211 milhões e o resultado da venda pode ser utilizado para quitar débitos com credores ou dívidas trabalhistas do grupo – o passivo trabalhista do grupo JL ultrapassa os R$180 milhões.
O valor da manutenção da usina Vale do Paranaíba e preparação dos canaviais para plantio de cana-de-açúcar deve chegar ao montante de R$67 milhões – A usina, que chegou a ser intitulada a mais moderna do Brasil, está virando sucata rapidamente.
A usina Triálcool, instalada em Canápolis, foi avaliada em R$227 milhões, mesmo sendo 20 anos mais velha que a Vale do Paranaíba – o motivo são as áreas de plantio em nome da usina.
A dívida da Usina Vale do Paranaíba com o Município de Capinópolis ultrapassa os R$ 4 Milhões – Tal recurso seria utilizado em obras de infraestrutura por toda a cidade.
Leia tudo que já foi publicado pelo Tudo Em Dia sobre o processo de falência do grupo JL.
Hé tomara que acontece essa venda, tantos que vestiram a camisa deste grupo JL, e até hj estão a merce do tempo.
SENHORES(a) AMIGOS TRABALHADORES E SENHORES(a) PREFEITOS, VEREADORES(a), AUTORIDADES PRESENTES NESTA REUNIÃO DE REIVINDICAÇÕES DO PROCESSO DOS MUNICÍPIOS CITADOS E REGIÃO. ..OS SENHORES JUNTAMENTE ACOMPANHADOS COM O JUIZ RESPONSÁVEL DAS COMARCAS DE SUES MUNICÍPIOS OU REGIÃO MAIS OS ADVOGADOS CONHECEDOR DOS DIREITOS TRABALHISTAS COM UM MASSA TRABALHISTAS TEM QUE IR PESSOALMENTE AO JUDICIÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA QUE AS AUTORIDADES TENHAM O CONHECIMENTO DA REALIDADE QUE NOS AFETAM NÃO SO OS TRABALHADORES E SUAS FAMÍLIA, MAS TAMBÉM TODA NOSSA REGIÃO. …AS UNIDADES TRIALCOOL E VALE DO PARANAÍBA PODEM SE TRANSFORMAR EM COMPARATIVA S E VOLTAR FUNCIONAR SO PARA PRODUÇÃO DE ETANOL SO COM A PRODUÇÃO DE ÁLCOOL (ETANOL ) DA PRA PAGAR AS DÚVIDAS TRABALHISTAS DOS TRABALHADORES. A PRODUÇÃO DE ETANOL POR DIA GERA APROXIMADAMENTE MAIS DE 500.000.00 MIL REAIS NAS 24 HORAS. AGORA MOENDO AS DUAS UNIDADES DARÁ 1000.000.00 UM MILHÃO. PARA SE PRODUZIR O ETANOL ( ÁLCOOL ) AS USINAS TRIALCOOL E VALE DO PARANAÍBA CONSEGUEM PAGAR OS DIREITOS TRABALHISTAS DOS SEUS FUNCIONÁRIOS QUE ESTÃO NA JUSTIÇA. OBS: SO UMA DAS UNIDADES COMO A USINA TRIALCOOL É CAPAZ DE SUPRIR ESSA RUÍNA QUE ESTA NOSSAS CIDADES E REGIÃO E SEUS COMÉRCIOS. VAMOS SE UNIR NOS PROFISSIONAIS E OS SENHORES PREFEITOS, VEREADORES E AUTORIDADES INTERESSADAS EM AJUDAR O POVO. (34) 999727342.