O sábado em Belo Horizonte e região metropolitana é de corrida aos postos de combustíveis. Em diversos bairros, longas filas de veículos se formam nos estabelecimentos. Tudo isso por conta do medo de uma nova greve de caminhoneiros retornar a partir de segunda-feira.
No bairro Água Branca, em Contagem, motoristas tiveram que esperar aproximadamente 30 minutos para conseguir abastecer os automóveis e motocicletas.
O analista de sistemas Vinícius Lara, de 36 anos, acordou cedo para enfrentar a fila, conseguir completar o tanque e garantir a ida ao trabalho para a próxima semana.
“Temos que ter paciência e tentar retornar a vida aos poucos. Não adianta ficar desesperado. Aos poucos tudo se normaliza”, acredita Lara.
Já o motorista de aplicativo de transporte Rodrigo Ferreira de Souza, de 37 anos, encarou a fila para conseguir garantir mais um dia de trabalho.
“Ainda está muito complicado encontrar combustível. Eu tenho que buscar todos os dias, porque é o meu insumo de trabalho. Espero apenas que esta greve não retorne, pois se não o país quebra”, avaliou o motorista.
Em outro posto, no bairro Amazonas, em Contagem, motoristas tiveram que ter muita paciência para conseguir abastecer. Os motoristas ficaram pelo menos duas horas para chegar às bombas.
Para atender o maior número de clientes, a gerência do posto limitou a compra de R$ 150,00 por cliente. A venda de gasolina, álcool e diesel por meio de galões estava proibida.
Alheio à longa fila, o marceneiro Valdeci João de Brito, de 50 anos, comemorava ter um veículo que utiliza o Gás Natural Veicular (GNV) em dias de racionamento de combustíveis.
“Estou com meu tanque cheio de gasolina. Agora mesmo dei cinco litros de gasolina para um rapaz que ficou sem combustível. Rodei tranquilamente durante os últimos dias, sem nenhum problema”, garantiu Brito.