O Querétaro, novo clube do meia-atacante Ronaldinho, divulgou um comunicado de repúdio contra Carlos Treviño Núñez, político da cidade mexicana, que escreveu um comentário racistacontra o brasileiro na última sexta-feira (12).
O clube solicitou uma “punição exemplar” para o político e disse que pretende seguir até as “últimas consequências da lei para que este tipo de expressão não volte a afetar nossos jogadores”.
“Depois da lamentável publicação realizada por uma pessoa de status público, o senhor Carlos Manuel Treviño Núñez, feita nas redes sociais e insultando nosso jogador Ronaldo de Assis Moreira ‘Ronaldinho’, exigimos às respectivas autoridades que tomem ações no assunto”, afirmou o clube através do comunicado.
Na sexta-feira (12), Carlos Treviño Núñez, que já exerceu a função de Secretário de Desenvolvimento Social entre 2006 e 2009, usou uma rede social para reclamar do trânsito mexicano e fez comentário racista contra Ronaldinho.
“Tento ser tolerante, mas detesto futebol e o fenômeno de idiotice que produz. Detesto ainda mais porque as pessoas atrapalham e inundam as avenidas para fazer com que demore duas horas a chegar em casa… E tudo para ver um macaco… Brasileiro, mas ainda assim um macaco. Isto é um circo ridículo”, escreveu Carlos Manuel Treviño Núñez, integrante do Partido Ação Nacional. Pouco depois, Trevinõ apagou o comentário.
LEIA A NOTA DE REPÚDIO DO CLUBE MEXICANO
A discriminação racial é uma grave expressão social que machuca a dignidade das pessoas. Por isso, o Club Gallos Blancos de Querétaro rebate de forma determinante todas as formas de racismo e discriminação.
O racismo, a xenofobia, a desigualdade de gênero e outras práticas discriminatórias são uma forma de violência que devemos erradicar como sociedade.
Depois da lamentável publicação realizada por uma pessoa de status público, o senhor Carlos Manuel Treviño Núñez, expressada através das redes sociais insultando nosso jogador Ronaldo de Assis Moreira Ronaldinho, exortamos às respectivas autoridades para que tomem uma providência sobre o assunto e afirmamos que como clube chegaremos até as últimas consequências da lei, para que este tipo de expressão não volte a afetar nenhum de nossos jogadores e membros do clube.
Em nossa instituição nos apegamos à Declaração Universal dos Direitos Humanos, cujo primeiro artigo afirma: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e, dotados como estão de razão e consciência, devem se comportar fraternalmente uns com os outros