A Cemig registrou, no primeiro semestre deste ano, 2.354 ocorrências de postes da companhia abalroados por veículos, que foram responsáveis pela interrupção no fornecimento de energia elétrica para cerca de 790 mil clientes e prejuízo para a empresa de, aproximadamente, R$ 8,5 milhões. Em 2015, a companhia constatou 4.984 acidentes que prejudicaram 1,6 milhão de clientes.
Somente no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, aconteceram 552 colisões de veículos em postes, que prejudicaram mais de 87 mil consumidores da Cemig no primeiro semestre deste ano.
Em uma ocorrência desse tipo, as equipes da Cemig são enviadas ao local para avaliar os danos e eliminar os riscos de segurança à população. Em muitos casos, os serviços são complexos e demandam várias horas de serviços, uma vez que é preciso retirar o veículo, substituir ou reconstruir o poste e toda a rede elétrica.
Na maioria dos casos, o trabalho da Cemig depende também da ação de outros órgãos públicos, como a Polícia Militar, os órgãos de trânsitos da cidade e o Corpo de Bombeiros, por exemplo, uma vez que os acidentes podem ocasionar vítimas, incêndios e interdições de vias.
Colisões são frequentes
Uma média de 13 postes são abalroados diariamente na área de concessão da Cemig, causando um prejuízo anual de, aproximadamente, R$ 18 milhões à companhia. A troca de cada poste custa, em média, R$ 3.730. De acordo com Fernando César Bragança, engenheiro de Planejamento do Sistema Elétrico da Cemig, quem abalroa o poste é comunicado pela Cemig para arcar com os custos.
“O motorista que se chocou com o poste tem um prazo de até 60 dias para quitar o prejuízo causado à Cemig. Se ele não pagar dentro desse prazo, vai ser cobrado judicialmente”, afirma.
Fernando César Bragança esclarece, ainda, que os postes abalroados escorados com madeiras são soluções paliativas para que a energia seja estabelecida o mais rápido possível para os consumidores. “Os postes escorados com madeiras são completamente seguros e possuem a mesma capacidade do poste normal”, comenta.