A torcida estava ansiosa para ver Maurício Shogun, um dos maiores lutadores brasileiros no Ultimate Fighting Championship (UFC), ela apoiou e aplaudiu o ex-campeão quando ele entrou no octógono. Mas toda a euforia do público, que compareceu em ótimo número no Ginásio do Sabiazinho, se transformou em frustração.
Com apenas 34 segundos, Shogun foi nocauteado pelo oponente, Ovince St. Preux. Um cruzado de esquerda foi o suficiente para derrubar o lutador brasileiro, que no chão recebeu vários socos do adversário, obrigando assim, o juiz do combate a determinar a fim da luta.
Lembrando que o adversário de Shogun foi chamado as pressas para substituir Manuwa, que se contundiu durante os treinamentos a menos de 10 dias do combate.
Com o resultado Shogun continua em má fase no UFC. Agora, o lutador da categoria, meio-pesado, soma seis derrotas nos últimos nove combates. Já o oponente do brasileiro, na madrugada deste domingo (9), chegou a 17ª vitória na carreira.
Apesar da decepcionante derrota do brasileiro na luta principal da noite, o público conferiu outras 10 lutas e, de certa forma, saiu satisfeito do ginásio. Os outros combates, em sua maioria, foram bem disputados e decididos no final do último round.
Como no cartel havia muitos brasileiros, a massa inflamou o Sabiazinho. O público torceu, gritou frases comum ao esporte como: “Uh vai morrer” e “Bota pra dormir” e, em certos momentos se divertiu de uma maneira diferente, até política foi lembrada.
Confira o resumo das lutas
Card Preliminar
Colby Covington x Wagnão Silva: apesar do brasileiro ter agradado o público em geral ao entrar no octógono com uma música de Tião Carreiro e Pardinho, o brasileiro não resistiu ao jogo de “chão” do adversário, que o finalizou com um mata-leão, que é quando o encaixe do braço é perfeito, aos 3m26s do R3
Na sequencia foi a vez Thomas Almeida x Tim Gorman: os dois lutadores foram para a luta franca e, nesta trocação, quem levou a melhor, foi Thomas, que variou voadores e socos. Já o oponente não ficava atrás e encaixava alguns jabs no brasileiro. Mas no fim, o maior volume de golpes de Thomas prevaleceu e o brasileiro venceu com decisão unânime dos juízes.
Leandro Buscapé x Charlie Brenneman: Buscapé, que tem um jogo em “pé” mais forte, surpreendeu ao finalizar Charlie Brenneman com um mata-leão, ainda no primeiro round.
A galera queria ver um nocaute e, isto de fato, aconteceu no quarto embate da noite. Caio “Monstro” entrou com tudo no octógono e não deu chances para o norte-americano, Trevor Smith. E com um sequencia de socos nocauteou o oponente com, apenas, 31 segundos de luta.
A última luta do Card Preliminar não contou com brasileiros, mas, mesmo assim, o público se divertiu. Já que o lutador chileno, Diego Rivas , estava de calção azul e o mexicano, Rodolfo Rubio de calção vermelho, a massa lembrou da disputa presidencial, que ocorreu este ano. E como os partidos que concorreram a eleição presidencial no segundo turno têm estas cores, não faltou provocação de parte a parte. Pelo menos na luta a dentro do octógono, o de azul, venceu por pontos.
Card Principal
Era chegada a hora do Card Princiapl e para abrir a noite uma luta entre mulheres. A brasileira Juliana Lima enfrentou a norte-americana Nina Ansaroff. Não foi uma boa luta tecnicamente. Isso porque as lutadoras têm como ponto forte a luta em “pé” e, consequentemente, sabem defender as investidas da adversária e, com isso, o combate foi travado. Sendo assim, a decisão ficou a cargo dos juízes, que optaram pela vitória da brasileira, que de fato buscou mais o ataque. Apesar da vitória, ela foi vaiada pela torcida que não gostou de ver uma lutadora brasileira responder parte da entrevista após a luta em inglês.
Era chegada a hora da luta do representante da casa, Cláudio “Haniball” Silva, que passou boa parte da vida em Uberlândia, encarar o inglês, Leon Edwards. O combate tinha estratégicas diferentes. O inglês queria uma luta franca, de trocação. Já Cláudio queria o combate no chão. No primeiro round o inglês levou vantagem. Já nos dois seguintes o “uberlandino” conseguiu fazer seu jogo e virou o combate e, por decisão dividida dos juízes, venceu a luta.
Antes da luta principal, o brasileiro Warlley Alves entrou “turbinado”, querendo decidir o combate logo. Para isso, ele partiu para cima Alan Jouban. Warlley distribuiu socos e chutes. Parecia que norte-americano não resistiria e rapidamente a luta terminaria. Isso não ocorreu, o adversário resistiu aos golpes do brasileiro e equilibrou o combate.
No segundo round, os dois trocaram socos e a luta ficou igual, podendo ser dada a vitória a qualquer um dos lutadores. No último round, quem levou “porrada” o tempo todo foi Warlley, que também se mostrou duro na queda. Os juízes tinham uma decisão difícil. Mas no fim, o brasileiro foi declaro vencedor.
Este foi o resumo da primeira noite do UFC em Uberlândia.
Evento
O evento em si, foi muito bem organizado, o único ponto negativo foi a falta de treinamento do pessoal destinado a orientar o público que chegava ao ginásio. Mesmo identificados, eles não sabiam passar informação.
R7 Triângulo