A festa acabou, e agora? Além das lembranças de muita diversão, qual foi o saldo amoroso? Como ficam os casais que se separaram para curtir a folia sem compromisso e caíram na azaração? E aqueles que se conheceram durante o Carnaval, há futuro? Jennifer Lobo, matchmaker e CEO da plataforma de relacionamentos Meu Patrocínio, conta que recebe muitas mensagens pedindo orientações sobre como “curar a ressaca amorosa” depois de um período que costuma ser intenso em termos de liberdade de comportamento.
“Tem gente que se separa antes do Carnaval pensando em curtir muito e aproveitar todas as oportunidades para conhecer o maior número de pessoas. Ou seja, o compromisso é com o efêmero”. Mas, às vezes, bate o arrependimento. “Quando chega a quarta-feira de cinzas, o momento da reflexão, a pessoa percebe que vai sentir ou está sentindo falta daquele parceiro que deixou para trás. Nestes casos, o melhor a fazer é tentar uma reaproximação, ser sincero e falar que apesar de ter conhecido e se envolvido com outras pessoas, não gostaria de encerrar a relação”.
Dependendo de como o distanciamento tenha ocorrido, você poderá ouvir um sonoro “não”, aí não há o que fazer além de dar um tempo e seguir a vida. Caso o distanciamento tenha sido decidido em consenso, tudo fica mais fácil, “é retomar a relação sem questionamentos, esquecendo o que aconteceu e seguir a vida até o próximo Carnaval”, complementa Jennifer.
Mesmo nas situações mais improváveis, atrás de um trio elétrico ou de uma micareta, é possível conquistar um grande amor? Para quem acha que é impossível um amor de Carnaval vingar, a matchmaker diz que “não há momento ideal para que uma grande paixão aconteça, você pode ter encontrado alguém que irá sobreviver na sua vida depois das cinzas da folia”. Segundo Jennifer, “o importante é segurar a ansiedade e, sem muitas expectativas e cobranças, deixar que a relação se desenvolva naturalmente”. A alta voltagem de uma paixão que nasceu durante o Carnaval poderá se transformar em uma relação duradoura, desde que haja disposição do casal.
Culturalmente, o Carnaval é uma festa onde “vale tudo”, época de liberação e excessos, e é por isso que muitos romances carnavalescos não resistem ao final da folia. Mas, apesar das evidências, “algumas histórias podem ter outro final”, garante Jennifer. “O amor de carnaval precisa de um tempo para mostrar a que veio, sem máscaras e fantasia. Não tenha receio de investir em uma relação iniciada no meio da multidão. Temos tantos exemplos de casais que se formaram durante esta fase e estão juntos até hoje. Que sabe você passará a integrar as estatísticas, mostrando que um amor de carnaval também pode dar certo”, pondera a matchmaker.
Com futuro ou não, Jennifer diz que “qualquer experiência sempre nos acrescenta alguma coisa, mesmo que seja um aprendizado a respeito de arrependimento, uma avaliação de erros e acertos. O essencial é estarmos abertos para novos amores que, inclusive, podem surgir, inesperada e despretensiosamente, em uma curtição de Carnaval”.