Foram mais de 10 anos até que o manejo do jacaré-Açú – o jacaré amazônico – se tornasse uma realidade.
A medida é vista como mais uma alternativa de renda para os ribeirinhos.
A primeira experiência – seguindo as regras impostas em lei – aconteceu no início deste mês na comunidade São Raimundo Jarauá, na reserva indígena Mamirauá, no Amazonas.
Mas, para chegar até aqui foram necessários muitos estudos e testes, como explica Diogo de Lima, analista de pesquisa e responsável pelo Programa de Pesquisa em Conservação e Manejo de Jacarés do Instituto Mamirauá.
Sonora: ”Entre 2004 e 2010 foram realizados abates experimentais para se testar técnicas, coleta de dados. E em 2011, com base nestas experiências foram publicadas duas leis estaduais para regularizar o sistema de manejo”
Diogo conta ainda que o manejo sustentável do jacaré pode ajudar as comunidades ribeirinhas em períodos como do defeso – em que ocorre a proibição da pesca.
Desde o ano 2000, com a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, o manejo de recursos naturais só pode ser realizado em áreas protegidas, como reservas extrativistas, florestas nacionais e reservas de Desenvolvimento Sustentável.