O ano de 1913 foi marcado por muitos eventos interessantes registrados pelo mundo – Charlie Chaplin assinava seu primeiro contrato para fazer um filme; o edifício mais alto do mundo até então, foi construído em Manhattan, distrito de Nova Iorque, o jogo de palavras cruzadas era inventado, o Brasil era governado por Hermes da Fonseca e no dia 10 de abril, nascia na Bahia Maria Andreza de Oliveira, filha de família humilde e descendente de escravos.
Mudou-se para Minas Gerais em 1931, aos dezoito anos de idade e constituiu sua família ainda jovem. Mãe de dois filhos e uma filha, trabalhou em fazendas na região como cozinheira e doceira em situação de quase escravidão e teve de conviver distante da filha, arrancada de seus braços levada para longe.
Dona Maria Andreza veio morar com a família em Capinópolis após a morte do filho e da nora, com quem morava. Hoje, aos 104 anos, recebe os cuidados da filha.
Antes da gravação, dona Maria Andreza conversou com o jornalista Paulo Braga de forma descontraída, mas bastaram acender as luzes e ligar a câmera, que a timidez tomou conta da senhora que gosta mesmo é de cantar.
No momento da gravação da matéria, uma equipe do Lions Clube chegou para entregar uma nova cadeira de banho à dona Maria, que fez questão de agradecer. A cadeira antiga foi levada para higienização e reparo na sede do Lions Clube em Capinópolis.