Um recente levantamento realizado a partir de um programa de cuidados a animais com doenças crônicas, oferecido por um ecossistema de serviços pet, revelou dados preocupantes sobre a saúde de cães e gatos. Os números, divulgados em primeira mão pelo Vida de Bicho, trazem à tona as patologias mais comuns enfrentadas por esses animais, conforme relatado por seus tutores.
O estudo, baseado na incidência de doenças crônicas de 158 pets que utilizam o serviço ao longo de 8 meses, revelou uma série de condições médicas, algumas das quais mais preocupantes do que se poderia imaginar.
De acordo com os dados, a cardiopatia lidera a lista, afetando 21% dos pets avaliados. Esse percentual ressalta a importância de um acompanhamento cardíaco adequado para os animais de estimação, uma vez que doenças cardíacas podem ser fatais se não forem tratadas a tempo.
Em segundo lugar, com um índice de 17%, estão as doenças renais e a síndrome de Cushing, também conhecida como hiperadrenocorticismo, uma condição que envolve o excesso prolongado de cortisol no organismo, podendo ser causado por medicamentos ou por desregulação hormonal.
Outras condições comuns mencionadas no levantamento incluem diabetes, câncer, dermatite atópica e leucemia viral felina (FELV), cada uma afetando uma parcela significativa dos animais avaliados.
O diabetes e a dermatite atópica foram identificados em 16% dos casos, enquanto a hérnia de disco, também conhecida como doença de disco intervertebral, acometeu 13% dos animais. A leucemia viral felina (FELV), e outros tipos de câncer, por sua vez, representam 33% dos gatos analisados, destacando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dessa doença.
Além das condições mais comuns, o levantamento apontou um aumento nas enfermidades menos frequentes, como as doenças neurológicas, incluindo a epilepsia, e as doenças articulares. Esses problemas, embora menos comuns, são difíceis de diagnosticar e podem se manifestar de maneira complexa, o que exige uma abordagem cuidadosa por parte dos profissionais veterinários.
Um aspecto alarmante revelado pelo estudo é a gravidade das condições de saúde dos animais. Surpreendentemente, 63% dos pets acompanhados foram classificados como de alto risco, destacando a necessidade urgente de medidas preventivas e de tratamento para melhorar a qualidade de vida desses animais.
Em contrapartida, 22% dos animais foram classificados como de médio risco e 15% como de baixo risco, sugerindo uma variedade de níveis de gravidade das condições de saúde encontradas.
Em suma, os dados fornecidos pelo programa de cuidados a animais com doenças crônicas fornecem uma visão preocupante da saúde dos nossos amigos de quatro patas. Essas informações destacam a importância da conscientização dos tutores sobre a saúde de seus animais e da necessidade de um acompanhamento veterinário regular para prevenir, diagnosticar e tratar essas condições de forma eficaz.