Preservar a natureza e garantir proteção à biodiversidade do Estado estão entre os principais objetivos de diferentes convênios, termos de parceria e de cooperação técnica assinados entre o Governo de Minas, por meio do Instituto Estadual de Florestas (IEF), com prefeituras, universidades, associações e cooperativas.
No ano passado, cerca de 230 convênios foram celebrados pelos Escritórios Regionais do IEF. A maior parte, para garantir a execução dos trabalhos das Agências Avançadas Regional de Meio Ambiente, vinculadas ao órgão estadual e subsidiadas com recursos humanos e estrutura física pelas prefeituras.
Em todo o Estado, atualmente, o IEF conta com 144 agências que têm importante atuação na preservação das florestas e da biodiversidade.
A finalidade das agências é apoiar os escritórios regionais, captando e agilizando os serviços prestados à comunidade, de modo a consolidar uma gestão mais participativa e facilitar a execução das atividades.
“São porta de entrada para o cidadão que precisa solicitar ou se informar sobre os serviços oferecidos pelo IEF, além de estreitar contatos do instituto com produtores rurais e outros parceiros”, explica a supervisora regional do IEF Triângulo, Edylene Marota.
Nessa região, o IEF é parceiro das prefeituras de Nova Ponte, Monte Alegre de Minas, Ituiutaba e Prata, além de promover ações conjuntas com o Departamento Municipal de Água e Esgoto de Uberlândia para a recuperação florestal.
Viveiros
Já no Sul de Minas, o IEF ampliou as ações de preservação com a implantação dos viveiros de mudas em Lavras, Muzambinho, Itajubá e Machado. Em Caxambu, a iniciativa é do município, executada com apoio do órgão estadual.
O IEF ainda é parceiro, sem assumir a gestão propriamente dita, do viveiro municipal de Alfenas e tem na organização a prerrogativa de apoiar quaisquer viveiros da região, como explica o supervisor regional, Amilton Ferri Vasconcelos.
“As parcerias são muito importantes, pois contribuem diretamente na recuperação de áreas degradadas, primordialmente áreas de preservação permanente e reserva legal em propriedades rurais e, secundariamente, as próprias áreas urbanas com revitalizações de espaços comunitários”, observa Vasconcelos.
Somente no segundo semestre de 2017, de acordo com o supervisor, foram distribuídas aproximadamente 46.500 mudas.
Recuperação de nascentes é feita em parceria no Rio Doce
Os convênios para cercamento e preservação de nascentes estão entre os que mais se destacam na área de atuação do Escritório Regional do IEF no Vale do Rio Doce. Por lá, são cerca de 300 nascentes beneficiadas com ações desenvolvidas de forma compartilhada entre instituições públicas e privadas.
Os convênios funcionam, basicamente, a partir da demanda de um determinado município com o interesse de recuperar as nascentes. Um exemplo acontece em Peçanha. A prefeitura está responsável pelo cadastro e coleta de dados dos envolvidos, a Cenibra (empresa local) pela doação de mourões e o IEF com a entrega de materiais como arame e grampos, além da assessoria técnica.
“As parcerias com os municípios são mais abrangentes. Nestas, não há especificação da quantidade de materiais a ser disponibilizado, já que o conteúdo é destinado a atender toda a necessidade local, observando-se a disponibilidade do instituto”, explica o analista ambiental e supervisor substituto do IEF Rio Doce, Regis Coelho.
Por outro lado, nos convênios com ONGs e empresas os números são exatos, com objetivo de recuperação de uma determinada localidade.
Além Disso
Também na região do Rio Doce, o IEF mantém convênios com o Corpo de Bombeiros, em Governador Valadares, e com a Usipa, de Ipatinga, para o atendimento médico veterinário e soltura de animais.
Com os bombeiros, o convênio prevê o apoio no recolhimento de animais feridos ou que precisam de tratamento, como filhotes e aqueles que não possuem capacidade de serem soltos imediatamente, por exemplo.
“Os animais são avaliados e recebem atendimento emergencial. Alguns são soltos logo em seguida, ou após pequenos tratamentos. E, quando os tratamentos são mais complexos ou demorados, encaminhamos para o Centro de Triagem de Animais Silvestres mais próximo, em Belo Horizonte”, explica Regis Coelho.
Em Ipatinga, a Usipa pode realizar os tratamentos, alimentação, reabilitações e solturas dos animais. No Centro de Biodiversidade da associação há veterinário e biólogo responsáveis pelo apoio para tratamentos e algumas reabilitações, o que é essencial para alguns recolhidos.
Com esta ação, os animais são devolvidos ao meio ambiente logo após o período de tratamento. O IEF desenvolve o Projeto Asas (Áreas de Soltura de Animais Silvestres). O projeto consiste na reabilitação do animal silvestre em um viveiro, para posterior soltura no ambiente natural.
Fonte: Hoje em Dia