Polícia Civil identificou o corpo encontrado dentro de uma mala no Lago Paranoá, em Brasília, no Distrito Federal, na manhã dessa quinta-feira. Ele é do comerciário Ivanilson Menezes da Cunha, 39 anos. Ele trabalhava em um supermercado do Lago Sul.
Ivanilson Cunha havia sido condenado por pedofilia e estava em liberdade provisória. De acordo com o Serviço de Comunicação da Polícia Civil, quem cometeu o crime queria visibilidade para a ação. Apostava que o corpo seria encontrado e identificado rapidamente.
Dessa forma, os investigadores trabalham com a hipótese de o assassinato ter sido motivado por vingança. Possivelmente, por parte do parente de uma das vítimas de Ivanilson.
A Polícia Civil divulgou que, em 6 de janeiro de 2011, Ivanilson foi preso após ser acusado de assediar um garoto de 13 anos. Ele teria oferecido dinheiro para fazer sexo com o adolescente. O caso foi registrado como um flagrante.
Na investigação, agentes descobriram que Ivanilson era conhecido por assediar meninos com menos de 18 anos. Na vizinhança, tinha o apelido de Gato de Botas.
Sem roubo
O corpo foi encontrado por funcionários de um restaurante localizado à margem do Lago Paranoá. Eles nadavam no espelho d’água quando avistaram a mala. Primeiro, pensaram que poderia haver dinheiro nela. Como estava entreaberta, perceberam o corpo ao se aproximarem do acessório de viagem.
A mala permaneceu intocada até a chegada de peritos da PCDF. Eles vasculharam o item e não encontraram qualquer sinal de outro crime a não ser um homicídio. O corpo estava em posição fetal, vestido e tinha até um relógio no pulso e uma carteira com documentos da vítima.
Sinais de tortura
No entanto, havia um saco plástico na cabeça. Já os pés estavam amarrados, o que demonstra crueldade e uma possível tortura. Havia ainda, ao lado do corpo, um teclado de computador, um saco com pipoca e bombons.