Sindicatos dos professores das redes municipal de Belo Horizonte e particular em Minas Gerais disseram que é importante ter uma previsão para a vacinação dos trabalhadores da educação contra Covid-19. Eles alertaram, no entanto, que é necessário ampliar a vacinação contra a Covid como um todo, entre a população em geral, para que a escola se torne um ambiente seguro.
Nesta sexta-feira (7), o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, disse, em coletiva de imprensa, que vacinação de professores e profissionais da educação em Minas Gerais deve começar em junho.
Segundo o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas), na rede privada de ensino são cerca de 100 mil professores da educação infantil ao ensino superior, em todo o Estado, aguardando a vacinação contra a Covid-19.
A presidente do Sinpro Minas, Valéria Morato, diz que, em fevereiro deste ano, o sindicato chegou a se reunir com o governo de Minas para pleitear que os profissionais da educação fossem priorizados na vacinação. Na ocasião, o governo informou que os professores estariam no grupo 24 do PNI e que a previsão seria começar a vaciná-los entre o fim de abril e início de maio.
“Quando o secretário estadual de saúde anunciou nesta sexta-feira (7) a vacinação dos professores para junho, entendemos que não há uma priorização. Mas termos essa previsão é importante e serve de parâmetro para podermos voltar com as aulas presenciais no fim deste semestre”, diz.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública de Belo Horizonte (SindRede-BH), existem aproximadamente 25 mil trabalhadores da educação para serem vacinados em 380 escolas da rede municipal. Desse total, cerca de 16 mil são professores do ensino infantil e fundamental. Para a diretora do SindRede-BH, Vanessa Portugal, é importante ter uma previsão de quando a categoria será imunizada.
“Parte da reivindicação dos trabalhadores da educação é a vacinação. É importante termos uma perspectiva de data de vacinação. Mas a nossa preocupação é com a ampliação da vacinação como um todo porque não basta proteger alguns grupos, é necessária uma proteção que abarque um percentual efetivo da população para que haja, de fato, segurança”, diz.
Segundo Vanessa, só a imunização dos trabalhadores da educação não é suficiente para tornar a escola um ambiente seguro contra a Covid-19. “O nosso público direto da rede municipal de ensino, que são as crianças e os jovens, não vai ser vacinado tão cedo. Para a escola se tornar segura é preciso uma vacinação ampla, que atinja os profissionais e as famílias dos estudantes para diminuir a circulação do vírus e do grau dos problemas que ele pode causar nessa pandemia”, afirma.