Betim, na região metropolitana, registrou uma queda de 34% nos crimes violentos praticados na cidade de janeiro a maio deste ano se comparado com os primeiros cinco meses do ano passado.
Os dados foram divulgados pelo Observatório da Segurança Pública do Município, que consolida ocorrências registradas diariamente pela Polícia Militar.
De janeiro a maio deste ano em Betim, foram registrados 2.057 crimes violentos, que incluem homicídios consumados e tentados; estupros de vulnerável e adulto, roubo à mão armada e sequestro e cárcere privado. No mesmo período do ano de 2017, foram registrados 3.148 crimes violentos, ou seja, foram 1.091 ocorrências a menos no município, uma redução de 34%.
Parceria. No caso dos homicídios, a redução foi de 27%. Ocorreram 59 assassinatos registrados pela polícia de janeiro a maio deste ano em Betim, enquanto que, no mesmo período do ano passado, ocorreram 81 execuções na cidade
.
Para o comandante da 2ª região da Polícia Militar, coronel Mauro Lúcio Alves, responsável pela corporação na cidade de Betim e em mais 17 municípios da região, essa queda nos índices de criminalidade se deve a medidas importantes que foram adotadas, como a chegada de 155 novos policiais militares em Betim e o fortalecimento da parceria com a Guarda Municipal.
“Uma medida que adotamos foi a redução do número de policiais no serviço administrativo e, consequentemente, houve o aumento de militares fazendo o patrulhamento nas ruas. Em abril, também recebemos em Betim 155 novos policiais militares, o que representou um aumento de 25% do efetivo. Somado a isso ainda temos outro fator importante: a locação de 29 viaturas, o que nos permite uma substituição mais rápida do veículo caso ocorra algum problema. Com isso, conseguimos atender aos chamados com mais agilidade e chegamos mais rápido aos criminosos”, afirmou o coronel Mauro Lúcio Alves.
“Também temos uma importante parceria com a Guarda Municipal. Portanto, o trabalho que resultou nessa queda de criminalidade está sendo executado com ampla colaboração, e quem ganha com isso é a comunidade”, completou o policial militar.
Município. Já o secretário adjunto de Segurança Pública de Betim, coronel Júlio César, disse que “embora a segurança pública seja um dever do Estado, o município tem investido em ações de combate à violência e também de prevenção à criminalidade”.
Dentre as medidas adotadas, o secretário destacou a Operação Betim Segura, realizada em parceria com a Polícia Militar para monitorar pontos de maior índice de criminalidade; a ampliação da patrulha escolar, que passou a monitorar a entrada e a saída de alunos de todas as escolas municipais; o investimento na Guarda Municipal, que ganhou até uma academia e auxílio-fardamento; e o fortalecimento do Conselho Municipal de Segu rança e das parcerias com as polícias Militar e Civil.
“Quando assumimos, em 2017, não existia nenhuma ação efetiva realizada pela Secretaria de Segurança Pública, inclusive a Guarda Municipal não tinha nem auxílio fardamento. Implantamos essas ações e já começamos a colher os frutos desse trabalho com a redução dos índices de criminalidade”, disse Júlio César.
O secretário ainda enfatizou que a atual gestão, com a união de esforços de outras secretarias, tem realizado também ações que ajudam a prevenir a criminalidade entre jovens, como a implantação da Escola de Tempo Integral em 69 instituições e a criação do programa Jovem do Bem, que incentiva empresas a contratar jovens.
“Se em Betim está caindo a criminalidade, a diminuição será ainda maior no futuro, com os cuidados dispensados agora às crianças e aos jovens, especialmente com essa gigantesca rede de centro de educação pré-escolar”, completou.
Há mais policiais militares nas ruas
A empresária Ana Maria Guilhermina Andrade, de 54 anos, é proprietária de três lojas no centro de Betim, na região metropolitana da capital, e está confiante com a presença de mais policiais militares nas ruas do município – a cidade recebeu 155 novos policiais.
“Fomos assaltados em 2016 e, desde então, ficamos muito apreensivos, principalmente no momento de fechar as lojas. Porém, percebemos agora mais policiais nas ruas e isso tem nos deixado mais tranquilos”, ressaltou.
A vendedora Juliana Oliveira, de 23 anos, trabalha em uma loja na região central, e, há cerca de um ano, foi assaltada durante o expediente. “O policiamento era muito mais precário na época, mas realmente agora tem mais policiais nas ruas”, enfatizou.