Medo e desespero foram os principais sentimentos vividos por cinco pessoas feitas reféns na noite desta terça-feira (25) por criminosos ousados que fizeram assaltos em três fazendas na zona rural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Ele ficaram seis horas junto com os criminosos, que fortemente armados, ameaçavam os reféns o tempo todo. Duas pessoas precisaram ser socorridas porque ficaram em estado de choque.
De acordo com a Polícia Militar o crime começou por volta de 8h, quando uma das vítimas, um homem de 26 anos, que estava em outra fazenda em Araguari, foi rendido por quatro criminosos e obrigada a levar os homens até sua fazenda em Uberlândia. Os bandidos roubaram os pertences dele e seguiram para outra fazenda.
Na fazenda seguinte eles fizeram reféns a dona da fazenda, o irmão dela e dois funcionários reféns. Um caseiro da fazenda que viu os suspeitos chegando em Uno, conseguiu se esconder e chamar a polícia. Os suspeitos colocaram os reféns em uma Hilux e os levou para outra propriedade rural.
Na última fazenda três pessoas foram presas no banheiro, enquanto os criminosos roubavam seus pertences. Os militares chegaram ao local e somente depois de 6 horas de negociação os reféns da segunda fazenda foram libertados. Doi criminosos de 17 e 43 anos se entregaram e foram presos. Outros dois estão foragidos.
O primeiro refém foi liberado por volta de 18h com as mãos e os pés amarrados, os outros criminosos foram sendo libertados logo depois. Os idosos de 77 e 73 anos, que foram feitos reféns durante o crime precisaram ser levados para Hospital Santa Genoveva por causa do susto. Um dos reféns, segundo a polícia, era cadeirante.
Foram apreendidas três armas, sendo um revólver calibre 22, uma pistola 380 e uma escopeta calibre 36. Foram roubados veículos dos moradores das fazendas, munição e pertences pessoais, segundo a polícia, nem tudo foi recuperado. A suspeita é que os criminosos fazem parte de uma quadrilha que comumente faz roubos na zona rural.
Para a TV Integração de Uberlândia, o caseiro de uma das fazendas contou que toda a população rural está muito assustada com o crime. Segundo ele, não há segurança no local.
Reforço
Para atuar na ação até militares de Belo Horizonte foram acionados e a negociação contou com equipes de Rondas Ostensivas com Cães (Rocca), Grupo Especial de Reação (GER), helicóptero e Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), que deslocaram de Belo Horizonte, participaram da ação.