Cerca de 12 anos após o lançamento do primeiro filme de “O Gato de Botas”, o segundo longa metragem apresenta a mesma diversão do primeiro, com poucos momentos engraçados e com um visual bonito.
“O Gato de Botas 2” carrega em sua essência a pureza e simplicidade — algo escasso nos filmes infantis da atualidade.
Gato de Botas 2: O Último Pedido
A nova aventura mostra Gato descobrindo que perdeu oito de suas nove vidas em suas aventuras desvairadas.
O Lobo Mau apresenta uma solução ao Gato, que deve ir até a Floresta Negra encontrar a mítica Estrela dos Desejos.
O Gato se vê diante de um dilema entre a solidão ou a ternura de uma vida marcada pela família. Em contrapartida, os novos antagonistas também carregam suas próprias ambições, com a novata Cachinhos Dourados
O filme, de uma forma geral, é uma aventura com cenas de ação empolgantes. A trama que envolve os personagens é muito bem construída — o longo tempo de construção do filme pode ter ajudado.
Relembre — Gato de Botas I
Aventura para todas as idades. O Gato de Botas, dirigido por Chris Miller, responsável pelo roteiro do primeiro Shrek e diretor de Shrek 3 assina a direção desta versão inusitada da clássica história da literatura infantil. Com bastante ritmo e empolgação, O Gato de Botas conseguiu se sair muito bem em sua aventura solo, traçando paralelo com outras histórias do universo infanto-juvenil: João e o Pé de feijão e personagens das mais populares cantigas infantis americanas.
Antes de adentrar criticamente à animação, vamos conhecer a sinopse do Cine Pop: muito antes de conhecer Shrek, o notório lutador e sedutor Gato de Botas torna-se um herói ao sair em uma aventura com a durona e malandra Kitty Pata-Mansa e o astuto Humpty Alexandre Dumpty para salvar sua cidade. Complicando a situação, os foras da lei Jack e Jill fazem de tudo para ver o Gato de Botas e seu bando fracassarem. Essa é a verdadeira história do Gato, do Mito, da Lenda… e, é claro, das Botas.
Apesar de ser uma aventura infantil, a produção caprichou na composição das personagens: Kitty Pata-Mansa, a maior ladra da Velha Espanha é uma personagem esférica, cheia de detalhes e pormenores. Este mundo tornado crível pelo diretor Chris Milles é repleto de outras personagens bem construídas, como o confuso Humpty Alexandre Dumpty, presente em várias canções populares da cultura estadunidense.
Jack e Jill, os vilões da história também são muito bem construídos, além da dublagem de Antonio Banderas e Salma Hayek, ótimos no acompanhamento das personagens de animação.
A direção de arte está de parabéns. O mundo colorido, caloroso e claro criado por Guillaume Aretos coaduna com o quilate da história, além da iluminação que o Gato de Botas recebe, suas sombras e a forma como a produção apresenta as personagens e o espaço. As sequências de ação são excelentes, com bastante ritmo, assim como a coreografia de Laura Gorenstein Miller, que mescla em alguns números dança flamenca, latina e dança contemporânea.
O Gato de Botas é uma trama sobre pequenos personagens e um mundo de grandes aventuras. Com 90 minutos de duração, a animação conta com uma excelente pesquisa de Ken Museth e produção executiva do sempre ótimo Guilherme Del Toro. Boa sessão!
Crítica por: Leonardo Campos