O Cruzeiro espantou a pressão causada pelo mau começo na Copa Libertadores e atropelou a Universidad de Chile com goleada por 7 a 0 na noite desta quinta-feira, no Mineirão, pela quarta rodada do Grupo 5. Os gols foram marcados por Thiago Neves (2), Rafinha, Sassá (2), Arrascaeta e Rafael Sobis. Foi o placar mais dilatado aplicado pela equipe azul na competição continental. Em 3 de fevereiro de 2010 também houve um triunfo por 7 a 0, sobre o Real Potosí, pelo confronto de volta da primeira fase do torneio.
Por incrível que pareça, não seria estranho se o Cruzeiro fizesse oito, nove ou 10 gols, tamanha foi a superioridade demonstrada no confronto. De tão desconcertada em campo, a La U teve os zagueiros Vilches e Echeverría expulsos por causa de faltas cometidas em Arrascaeta.
Com o grande resultado em casa, a Raposa quebrou jejum de três partidas sem balançar a rede e assumiu a vice-liderança da chave, com cinco pontos e cinco gols de saldo. Já a Universidad caiu para o terceiro lugar, também com cinco pontos, porém em desvantagem no saldo (seis gols negativos).
Na próxima quarta-feira, às 21h45, o Cruzeiro visitará o Vasco em São Januário e poderá encaminhar a classificação às oitavas da Libertadores em caso de vitória. A Universidad de Chile, por sua vez, terá compromisso complicado contra o Racing, às 19h15 de quinta-feira, no El Cilindro, em Avellaneda.
Antes, porém, a equipe do técnico Mano Menezes pegará o Internacional no domingo, às 19h, no Beira-Rio, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Em dois jogos, o Cruzeiro perdeu para Grêmio e Fluminense, ambos por 1 a 0.
O jogo
O horário de 19h15 foi ingrato para muitos torcedores, que perderam os dois primeiros gols do Cruzeiro por estarem ‘presos’ no trânsito das avenidas Antônio Carlos e Carlos Luz, principais vias de acesso ao Mineirão. Logo aos 9min, Thiago Neves sofreu falta na meia-lua. Ele mesmo cobrou, com muita categoria, e colocou na redonda no canto esquerdo de Johnny Herrera, que nem se mexeu: 1 a 0. Aos 17min, Sassá ganhou na velocidade pelo lado esquerdo, invadiu a área e deu assistência para o baixinho Rafinha, que mesmo com apenas 1,67m de altura conseguiu marcar de cabeça: 2 a 0.
O placar já era suficiente para a Raposa pular para o segundo lugar do grupo, mas os jogadores queriam mais, principalmente por terem sido fortemente cobrados pelos torcedores nas redes sociais. E o público que compareceu ao Mineirão tratou de cantar alto e incentivar a todo instante. Aos 41min, Arrascaeta mostrou habilidade ao passar por Vilches, porém acabou derrubado na grande área. Pênalti. Thiago Neves seria o encarregado da cobrança, mas Sassá pediu para bater e não decepcionou: bola de um lado, Johnny Herrera para o outro: 3 a 0.
Nos acréscimos da etapa inicial, Vilches levou o segundo cartão amarelo ao cometer outra falta em Arrascaeta. E no começo do segundo tempo foi a vez de Echeverría derrubar o uruguaio e ser expulso. O que já era ruim para a Universidad ficou ainda pior. Aos 7min, o camisa 10 cruzeirense bateu rasteiro no canto esquerdo e ampliou o placar para 4 a 0.
Com dois atletas a menos, o técnico interino da La U, Gustavo Flores, tentou reforçar a marcação com as entradas do zagueiro Contreras e do volante Rafael Caroca. Mas o Cruzeiro não teve a menor piedade e continuou em cima. Aos 16min, Sassá completou cruzamento de Egídio e fez 5 a 0. Aos 29min, Thiago Neves recebeu de Romero e marcou o sexto. Deu tempo até para Rafael Sobis, que entrara na vaga de Sassá no fim da partida, marcar o sétimo, aos 35min.
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