Debate sobre reforma da Previdência na Câmara começa na terça-feira, diz Marun

Central de Jornalismo

Fonte: Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou hoje (15) que o início da discussão sobre a reforma da Previdência está mantido para a próxima terça-feira (20) no plenário da Câmara. Depois de se reunir com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na residência oficial, Marun disse que sentiu confiança de que a matéria poderá ser pautada semana que vem, mesmo sem ter alcançado o mínimo de 308 votos para aprovação.

“Quem pauta não é o governo, é o presidente Rodrigo. Eu tenho convicção de que ele tem consciência de que ainda temos um trabalho a realizar durante a semana que vem. Tenho convicção que, independentemente dos votos que tivermos na segunda-feira, a discussão se inicia na terça”, declarou Marun. Por se tratar de uma emenda à Constituição, a proposta precisa do apoio de 308 entre os 513 deputados, em dois turnos de votação na Câmara, para ser aprovada. O quórum qualificado também é exigido no Senado, onde deve receber o voto favorável de pelo menos 49 senadores antes de ser promulgada.

Segundo o ministro, uma reunião entre os líderes dos partidos da base governista foi convocada para a próxima segunda-feira (19) para definir estratégias em torno da tramitação da proposta. Marun sinalizou que as articulações devem se estender ao longo da semana e novas mudanças no texto poderão ser feitas para atrair mais apoio para a reforma. Entre elas estão a reivindicação dos agentes penitenciários por igualdade de tratamento em relação aos policiais e o estabelecimento de uma regra de transição até a adoção da idade mínima para servidores que ingressaram no serviço público antes de 2003.

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“Temos consciência de que precisamos ainda da semana que vem para buscarmos os votos que ainda faltam para aprovação, eu continuo trabalhando naquele número de 40 votos, o que significa conquistar um indeciso a cada dois”, explicou Marun.

Ministério da Segurança Pública

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O ministro negou que a intenção do governo de criar um ministério específico para a segurança pública esteja relacionada às negociações pela aprovação da reforma da Previdência. Marun explicou que essa questão está sendo tratada diretamente pelo presidente Michel Temer com outros ministros e afirmou que é prematuro falar em indicação de nomes para comandar o possível novo ministério.

“Uma eventual criação do Ministério da Segurança Pública nada tem a ver com Previdência. São coisas absolutamente separadas, não vai ser usado no sentido político de votos. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, explicou Marun.

Recentemente em entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente Temer confirmou a possibilidade de criação de um ministério especializado no tema ou uma “Força Nacional de Segurança que esteja sempre à disposição dos estados”. Na ocasião, ele lembrou das situações em que as Forças Armadas reforçaram as ações na área em diferentes estados, como o Rio de Janeiro.

O ministro comentou que a Previdência “é o foco principal do governo” neste momento e que as discussões em torno da criação da pasta de segurança ainda não estão concluídas. Para Marun, a ideia de separar o tema do Ministério da Justiça “é um ato de coragem” de Temer, pois atrairá para o governo federal responsabilidade permanente sobre a segurança pública.

Agência Brasil

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