Inicia nesta segunda-feira, 10.03, a vacinação contra HPV para 5,2 milhões de meninas brasileiras de 11 a 13 anos. A decisão do Ministério da Saúde atende a um esforço da sociedade e de deputados federais que, como o deputado federal Weliton Prado apresentaram requerimentos (INC 4271/2013) e fizeram reuniões para cobrar que a proteção contra o vírus responsável por 70% dos casos de câncer de colo de útero fizesse parte do calendário nacional de vacinação. “O Ministro da Saúde começou a atender a a reivindicação de oferecer a vacina na rede pública. Agora, vamos continuar lutando para que o benefício seja estendido para outras faixas etárias entre as mulheres e para os homens também, já que estudos apontam que o Brasil é um dos líderes mundiais de incidência de HPV”, comenta.
Prado explica que a vacina será feita em três doses. A primeira deve ser oferecida em escolas públicas e privadas que aderiram à imunização e em 36 mil salas de vacinação da rede pública de saúde. A dose deve ser aplicada seis meses depois. E a terceira há cinco anos após a primeira dose. Ao todo, o governo federal vai investir R$ 1,1 bilhão durante cinco anos, adquirindo 41 milhões de doses da vacina. São 15 milhões de doses só no primeiro ano de vacinação. As vacinas foram produzidas através de transferência de tecnologia, uma parceria entre o laboratório internacional Merck Sharp & Dohme (MSD) e o Instituto Butantan, que passará a fabricar o produto no Brasil.
“Estudos já apontam que a doença atinge os homens também. Em ambos, o vírus pode causar câncer. 90% dos casos de câncer de colo de útero entre mulheres de 15 e 25 anos são causados pelo HPV. Publicação na revista científica The Lancet, que analisou voluntários saudáveis no Brasil, México e Estados Unidos, apontou que HPV já atinge cerca de 50% dos homens. O registro menor entre o sexo masculino pode ser pela baixa procura dos homens pelos serviços de saúde”, afirmou Weliton Prado.