Um dos deputados federais ligados a Capinópolis (MG) protagonizou uma cena de agressão durante audiência na comissão da Câmara que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), com a presença dos juristas Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, autores da denúncia. O fato ganhou destaque na capa do jornal Folha de S.Paulo.
A decisão do presidente da comissão, Rogério Rosso (PSD-DF), de encerrar a sessão por causa do início da ordem do dia no plenário gerou uma reação imediata dos parlamentares contrários ao impeachment, que não tiveram a chance de falar na audiência.
De acordo com a Folha, o deputado Ivan Valente (Psol-SP) reclamava a jornalistas sobre a decisão de Rosso, quando Caio Narcio (PSDB o empurrou. Os dois tiveram que ser separados por colegas.
Já no site do UOL (também do mesmo grupo do jornal Folha de S.Paulo) o deputado Ivan Valente admitiu que chegou a “dar um chega pra lá” em Caio Narcio, dando início a um empurra-empurra.
No site da Agência Brasil, consta que Ivan Valente e Caio Narcio começaram a se empurrar e tiveram que ser separados. No texto consta que Valente admitiu ter dado “um chega pra lá” em Narcio.
Ainda conforme a reportagem da Folha, o parlamentar do Psol disse que os líderes tinham acordado com o presidente do colegiado que, independentemente do início da ordem do dia no plenário, a audiência continuaria.
Deputados petistas acusaram Rosso de ter gerado essa situação ao decidir cancelar a sessão. Segundo a assessoria de Rosso, 11 líderes de partidos foram chamados a falar, dos quais sete se manifestaram: PT, PSDB, PSB, DEM, PRB, PDT e PTB.
Segundo a reportagem da Folha, houve bate-boca entre parlamentares dos dois lados, que levantaram cartazes de “Impeachment Já” e “Impeachment sem crime é golpe”. Os deputados opositores puxaram um coro de “impeachment”, que foi rebatido com gritos de “não vai ter golpe, vai ter luta”, do outro lado.