A diplomação dos eleitos em Minas Gerais chegou a ser suspensa após uma briga. O evento de diplomação ocorreu na noite da última quarta-feira (19) no Palácio das Artes, no Centro da capital mineira.
O clima tenso tomou conta da platéia nos momentos que antecederam a briga — as frases “Lula Livre” e “Respeito ao público, ladrão é na cadeia” eram gritadas por algumas pessoas.
A confusão teve início após o deputado eleito Rogério Correia (PT) exibir uma placa de ‘Lula Livre’ — a placa teria sido levada pela deputada Beatriz Cerqueira. Intolerante, o cabo Junio Amaral (PSL) a arrancou das mãos de Correia e os dois trocaram socos.
Ao ver a confusão, Romeu Zema foi embora. Quando a cerimônia foi retomada, a deputada eleita Margarida Salomão recebeu seu diploma com uma outra placa de “Lula Livre”. Rogério Correia também usou a placa para receber seu certificado. Após a confusão o governador retornou a cerimônia.
O deputado Federal eleito, André Janones, filmou toda a briga.
Ao fim da diplomação, os três deputados envolvidos na confusão conversaram com jornalistas sobre o ocorrido.
“Então eu lamento alguém ter arrancado a placa da forma que foi. Porque o parlamento é o lugar da pluralidade e não da imposição de um pensamento único. Eu não sei a identificação. Foi uma mulher que me pareceu ser do cerimonial. É importante que vocês identifiquem a pessoa eu não a conheço. Foi ela que pegou. Quem rasgou, que amassou, ai eu já não vi”, contou Beatriz sobre o começo da confusão.
“Eu estava com uma placa de “Lula livre” que é um direito meu de manifestação. Um deputado que deve ser neo-fascista tentou arrancar das minhas mãos. Eu reagi porque a placa era minha. Ele tentou me alcançar com um soco. É o risco que nós estávamos dizendo de práticas neo-fascistas no Brasil. Onde não se aceita a democracia. Ele podia trazer a placa que quisesse. Nós não vaiamos ninguém. Nós apenas defendemos ideias. E eles procuraram vaiar e agredir”, contou Rogério Correia, que foi interceptado pelo deputado do PSL e então ocorreu a confusão.
“A partir do momento que eles trazem essa manifestação, pior, fora da vez dele, levanta fica exibindo esse outdoor. Tem outra menina ali que integra o comando vermelho lá, tava estendendo o tempo todo. O pessoal pediu muitas vezes. Então se não tem ordem, a gente vai lá e resolve. E ai ele achou o que, que eu ia ficar na minha depois que ele tentasse me acertar um soco. Onze anos na polícia eu nunca tive medo de vagabundo não vai ser agora não”, disse Cabo Junio (PSL) que tentou tomar a placa de Rogério Correia.