ITUIUTABA, MINAS GERAIS – Dois indiciados por participação no crime que chocou o Triângulo Mineiro em agosto do ano passado, vão a júri popular em Ituiutaba nesta quinta-feira (27). A jovem Greiciara Belo Vieira, 19 anos, que estava grávida de nove meses, foi morta com requintes de crueldade extrema e teve o bebê sequestrado – ao todo, seis pessoas são suspeitas de envolvimento no caso.
A audiência dos réus Lucas Mateus Silva e Jonathan Martins Ribeiro de Lima está marcada para às 8h no Fórum Desembargador Newton Ribeiro da Luz.
Além de Lucas e Jonathan, os acusados Shirley de Oliveira Benfica, a enfermeira Jacira Santos de Oliveira, Michel Nogueira de Oliveira e Luís Felipe Morais foram indiciados por homicídio qualificado, por motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e por assegurar a execução de outro crime.
RELEMBRE O CASO
O corpo encontrado em avançado estado de decomposição em uma represa na zona rural de Ituiutaba. Após acionamento da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e perícia da Polícia Civil, ao retirar o corpo da água constatou ser de uma mulher e vítima de homicídio.
A vítima se encontrava com os pés amarrados por um tecido e o corpo envolto por uma tela de arame junto com uma pedra grande, além de estar com o abdômen aberto e com as vísceras expostas.
As investigações da Polícia Civil concluíram que Greiciara foi morta com requintes de barbárie.
A ex-garota de programa, Shirley Benfica, foi apontada como mandante do crime. Segundo a polícia, ela simulava uma gravidez para o namorado, de Araguari, e resolveu roubar a criança para continuar mantendo a farsa.
Para isso, Shirley pediu a ajuda de uma amiga travesti, conhecida como Mirela, que mora em Ituiutaba e era amiga de Greiciara. Se conseguissem roubar a criança, Shirlei iria recompensar Mirela com dinheiro e um aparelho celular.
A menina recém-nascida foi localizada com vida na casa da vizinha de Shirley, onde havia sido deixada para que a suspeita pudesse ganhar tempo e fingir um parto. Segundo a polícia, a vizinha não teve participação no crime e, por isso, não foi indiciada.
A mãe de Greiciara conseguiu a guarda definitiva da neta após resultado do exame de DNA comprovando o parentesco.