Um homem de 26 anos e uma mulher de 24, suspeitos de envolvimento na morte de Larissa Stephanie da Silva, de 17, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram presos no Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro, nessa segunda-feira (20/3), informou a Polícia Civil mineira em coletiva à imprensa nesta terça-feira (21/3). A operação – que resultou em prisões preventivas – foi deflagrada com apoio das polícias Militar e Civil da capital fluminense.
Após a divulgação de cartazes com os rostos de Bruno Borges de Souza Pereira e Gabriela Rodrigues Bispo, a equipe da Delegacia de Homicídios em Contagem conseguiu localizar o casal. “Recebemos uma informação e chegamos ao local exato onde eles estavam. Também identificamos que o suspeito de 26 anos estaria trabalhando como motorista de aplicativo na cidade”, explica o delegado Anderson Kopke.
Os investigados foram indiciados por sequestro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver da jovem. O terceiro suspeito de participação no crime, Ramon Gibson Costa, de 32 anos, continua foragido. Informações que possam contribuir para a localização dele podem ser repassadas – sob sigilo – por meio do Disque-Denúncia Unificado (DDU) 181 ou pelo número 197.
Relembre o caso
Em 5 de novembro do ano passado, Larissa Stephanie da Silva, de 17 anos, foi sequestrada e agredida até a morte. O caso tomou grande repercussão na ocasião em decorrência das filmagens divulgadas em redes sociais que flagraram quando a vítima foi retirada de uma boate no bairro Parque São João, em Contagem, passando a ser brutalmente espancada.
Conforme apurado pela Polícia Civil, o encontro foi eventual, mas os suspeitos já nutriam uma rivalidade pela menina. Eles então colocaram a vítima dentro de um veículo e a levaram em direção à Várzea das Flores. As agressões aconteceram durante o trajeto.
Motivação
As investigações apontaram que o crime teve motivação passional. A vítima se relacionou durante um período com Ramon Gibson e posteriormente foi apresentada ao amigo Bruno Borges e à esposa dele, de 24 anos. Assim, os quatro tentaram formar uma sociedade para abrir uma boate de strip-tease – o que acabou não dando certo.
“Contudo, a mulher teria nutrido durante o convívio inveja e ciúmes da vítima, que era muito bonita e bastante extrovertida. Era uma menina que chamava atenção. Por isso, entendemos que houve um encontro ocasional entre os três na boate, onde os fatos tiveram início”, esclareceu a delegada regional em Contagem, Elisa Moreira, no início de fevereiro durante as investigações.