O empresário Eike Batista foi preso pela Polícia Federal nesta segunda (30) no aeroporto do Galeão, no Rio, logo após de desembarcar de um voo que o trazia de Nova York. Ele era considerado foragido.
Eike desceu na pista do terminal dois e foi levado de carro pelos policiais para o IML (Instituto Médico Legal), onde fez exames antes de ser preso por cerca de meia hora, até as 11h. Ele chegou por volta das 11h20 ao presídio onde ficará detido: Ary Franco, em Água Santa, na zona norte da cidade.
Em entrevista à imprensa na porta da penitenciária, veiculada pela “GloboNews”, o advogado de Eike, Fernando Martins, afirma que a principal preocupação da defesa é a integridade física de Eike.
Martins disse não saber se o empresário foi algemado e tampouco entrou em contato com ele. Afirmou que a defesa ainda não sabe qual será a estratégia jurídica adotada, pois os advogados ainda não tiveram acesso ao cliente.
De acordo com a Polícia Federal, Eike não prestou depoimento assim que chegou porque é alvo de um mandado de prisão preventiva. Como não tem prazo para sair da cadeia, a PF afirma que ele pode ser convocado a depor a qualquer momento.
ALVO
Eike foi o principal alvo da Operação Eficiência, deflagrada pela Polícia Federal, na quinta-feira (26).
Quando a ação estourou, ele estava fora do país e foi considerado foragido pela Justiça, procurado pela Interpol (Polícia Internacional). Seus advogados negaram, na ocasião, que ele tivesse fugido.
Ele teve a prisão decretada depois que dois doleiros fizeram acordos de delação com a Operação Lava Jato no Rio e contaram que ele pagou US$ 16,5 milhões de propina ao ex-governador do Rio Sergio Cabral, que está preso.
Antes de embarcar de volta ao Brasil, neste domingo, o empresário caminhou tranquilamente pelo terminal 8 do JFK. Chegou a conversar e tirar selfies com brasileiros que estavam no aeroporto.
Ele carregava apenas uma mala de mão e não enfrentou filas para fazer o check in. A cada pergunta feita pela reportagem, respondia apenas com sorrisos.