Os casos suspeitos de febre Chikungunya passam de 1.000 em Minas Gerais apenas em 2018, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Até o domingo (11), o Estado registrou 1.590 pessoas com suspeita da doença, que também é transmitida pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti.
O ano de 2018 já é o segundo com maior número de casos suspeitas de Chikungunya, de acordo com os dados. O ano com maior número de casos ,porém, é 2017, quando 16.128 registros prováveis da doença foram investigados.
Em janeiro deste ano, a secretaria informou ter registrado 914 casos da febre. No mês seguinte foram mais 608 e, em março, até o domingo, 68.
Duas cidades na região do Vale do Aço concentram 421 casos suspeitos. Em Coronel Fabriciano, segundo dados da secretaria, são 320 registros. Enquanto em Timóteo, 101.
A secretaria informou ainda que os casos de febre Chikungunya em Minas Gerais começaram a aparecer em 2016. Nos dois anos anteriores (2015 e 2014) foram casos importados. “Até 2015 todos os casos eram importados. Os primeiros casos autóctones de chikungunya ocorreram em 2016”, diz trecho do boletim epidemiológico divulgado na segunda-feira (12).
Mortes
A doença é parecida com a dengue, até mesmo nos sintomas. Porém, atinge também as articulações do paciente. Caso não haja cuidado médico, a pessoa pode morrer.
De acordo com a secretaria, em 2017, “o Estado de Minas Gerais confirmou 13 mortes por Chikungunya, 10 do município de Governador Valadares e um nos municípios de: Central de Minas, Ipatinga e Teófilo Otoni”.
Zika Vírus
Outra doença transmitida pelo mosquito Aedes, o Zika Vírus apresenta recuo no número de casos prováveis. De acordo com os dados, são 86 casos em 2018, em Minas Gerais. Em 2016, foram 13.527 casos, enquanto que em 2017 foram 725.
Cuidados
Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais informou que o “controle das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti continuou sendo um desafio para os governos e a população. Mas, se anteriormente era a dengue o foco de atenção, agora a Chikungunya e a Zica exigem ainda maiores esforços para evitar a propagação dessas doenças. Assim como a dengue, para evitar a Chikungunya, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos nas suas casas e na vizinhança”.
O Estado, segundo a nota, trabalha em várias frentes junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) para minimizar o problema. “Ações de mobilização social e comunicação junto à população, assistência aos pacientes, aquisição de equipamentos, insumos, medicamentos e novos veículos, monitoramento da circulação do vírus e de novos casos da doença no estado, capacitação de profissionais e fortalecimento do apoio aos municípios no controle do vetor”, diz outro trecho da nota.