Segundo publicação da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, nos grampos entregues à J&F na semana passada, aparece um áudio em que Joesley Batista e Ricardo Saud, advogado da empresa, combinam gravar o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Eles ainda fazem piada sobre uma suposta proximidade da ex-presidente Dilma Rousseff e da atual presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia.
A ideia dos dois era atrair Cardozo para uma conversa, sob o pretexto de que gostariam de contratá-lo para serviços advocatícios.
No meio de uma conversa, eles arrancariam do ex-ministro da Justiça informações sobre magistrados do STF. Dependendo do teor delas, entregariam o conteúdo à PGR.
Os executivos da JBS entendiam que os procuradores tinham grande desejo de que as investigações alcançassem o STF.
O encontro com Cardozo efetivamente ocorreu e a proposta de contratação também. A armadilha, porém, não teria funcionado a contento.
Cardozo teria feito afirmações genéricas sobre os magistrados e teria inclusive recusado propostas de pagamentos de honorários fora das vias regulares.