A falta de vacinas comprometeu o andamento da campanha de imunização contra a Covid-19 em pelo menos 186 cidades de Minas Gerais na última semana. A situação foi relatada por 38,6% das 482 prefeituras participantes do levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) entre os dias 24 e 28 de maio.
Dentre as 186 cidades que confirmaram o problema, a maioria (76,9%) informou que faltaram doses para a primeira aplicação, isto é, para novos grupos prioritários acrescentados ao cronograma da vacinação. Já as doses complementares faltaram em 44,6% localidades, gerando atrasos na conclusão do esquema vacinal dos moradores.
Em 70,3% destes municípios, a vacina em falta é a Coronavac (Butantan), enquanto a Covishield (AstraZeneca/Fiocruz) chegou em quantidade insuficiente para 28,8% das cidades que manifestaram o problema.
O formulário apresenta a seguinte pergunta: “Seguindo a ordem do plano de imunização, nesta semana, faltaram vacinas em seu município?”. Na comparação com a edição anterior da pesquisa, o número de prefeituras mineiras que apontaram a escassez de doses aumentou, tanto em termos absolutos quanto percentuais. Entre os dias 17 e 20 de maio, 157 municípios haviam respondido que sim, o equivalente a 26,7% das 587 cidades participantes naquele momento.
Profissionais da Educação
A pesquisa revelou também que apenas 41 prefeituras, ou 8,5%, já iniciaram a vacinação dos profissionais da Educação. A imunização destes trabalhadores é tratada como pré-requisito obrigatório para a retomada das aulas presenciais em 62% das prefeituras participantes do levantamento.
Kit intubação
Ainda segundo a pesquisa da CNM, 114 prefeituras de Minas Gerais informaram haver risco iminente de esgotamento dos medicamentos do chamado “kit intubação, o equivalente a 23,7% do total de cidades consultadas.
A CNM não revela quais municípios foram consultados em cada edição da pesquisa.