Funcionários da Saritur, empresa de ônibus, começaram na manhã desta terça-feira (25/4), uma paralisação das linhas de transporte coletivo da empresa, localizada no bairro Jardim Riacho das Pedras, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A greve pegou passageiros de surpresa, que acordaram de manhã para ir trabalhar e não encontraram ônibus nas ruas. Moradores das cidades de Contagem, Ibirité e BH, atendidos pelas linhas do transporte público, foram afetados.
Esta é a terceira greve na empresa em menos de dois meses. Oito dias atrás, houve uma paralisação parcial na garagem no bairro Florença, em Ribeirão das Neves. E no início de março, houve uma paralisação na garagem de Contagem, mesmo local da greve de hoje.
Reivindicação
As três paralisações têm a mesma reivindicação. Os trabalhadores protestam contra atraso no pagamento de salários e de benefícios, como férias e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que segundo eles estão atrasados desde de 2014.
Além disso, os funcionários pedem melhores condições de trabalho.
Sintram-BH
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Sintram-BH) repudia o protesto de hoje. “O SINTRAM lamenta a paralisação de alguns profissionais no início desta manhã em garagem de Contagem e informa que considera o movimento totalmente ilegal, com claros objetivos de alguns integrantes, de ganhar destaque na mídia para favorecimento em uma disputa interna de poder, no sindicato da categoria”.
Em relação aos atrasados, a empresa afirma que os pagamentos estão em dia. “A entidade esclarece que todos os itens dos acordos firmados, em ata de reunião, entre a empresa e o sindicato da categoria estão sendo cumpridos, tanto que este movimento não conta com apoio do sindicato”.
“Em face deste cenário, a empresa já entrou com ação na justiça para reparação de perdas e danos causados com a paralização de hoje, que considera ilegal”, finaliza.
A empresa de ônibus Saritur e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (Seinfra) foram procuradas pela reportagem, mas até o momento não deram retorno.