A incorporadora JHSF afirmou que a operação de debêntures incluída pelos procuradores na lista de investigações da Operação Greenfield foi feita “respeitando leis e normas vigentes no País.” A operação, segundo a empresa, foi quitada antecipadamente em 19 de dezembro de 2013, “proporcionando ganhos de 54,6% no período às dezenas de investidores entre os quais diversos fundos privados.”
A Previc respondeu em nome do Postalis, sob intervenção federal desde novembro, e disse que dá todo apoio técnico à investigação realizada pelo MPF. A Funcef disse que não vai se manifestar.
A Previ, por meio de nota, afirmou que a Greenfield “não encontrou qualquer constatação de irregularidade na Previ, que não teve nenhum dirigente ou executivo indiciado em suas investigações.” “Nossos ativos são fortes e resilientes, administrados por uma equipe técnica, competente e séria. Não à toa tivemos resultados positivos em 2016 e em 2017 (até outubro) no Plano 1, o nosso plano de benefício definido, nos valores de R$ 2,19 bilhões e R$ 7,02 bilhões, respectivamente”, diz a nota
A Petros, também por nota, diz que “vem colaborando com o Ministério Público Federal e demais autoridades competentes desde o início das investigações sobre investimentos dos fundos de pensão, sempre no melhor interesse dos participantes, que são os verdadeiros donos do patrimônio da Fundação.” Segundo o fundo dos funcionários da Petrobrás, foram feitas mudanças para fortalecer a governança e a gestão dos investimentos” e reforço nos “controles internos, aumentando a transparência e tornando o processo de decisão de investimentos mais robustos”.
A reportagem não conseguiu contato com a massa falida do Banco Cruzeiro do Sul. O advogado José Luis Oliveira Lima, que representa Alexej Predtechensky não respondeu. Quando o Estado revelou a delação do empresário Paulo Gazani, o defensor disse que seu cliente, enquanto esteve à frente do Postalis, pautou sua atuação pela correção e ética. “Ele jamais teve qualquer diálogo com Paulo Roberto Gazani.”
Investigação ampliada
A Operação Greenfield – que apura desvios nos maiores fundos de pensão do País – vai ampliar em dez vezes o número de investimentos que serão investigados por suspeita de corrupção.