O dono de uma casa de prostituição na cidade Águas Lindas de Goiás, interior de Goiás, que pretendia oferecer aos clientes um rodízio sexual de mulheres foi preso na última terça-feira (5). A festa já estava com o 1º lote de ingressos esgotado, mas a Polícia Militar do município conseguiu impedir o evento, que recebeu o nome de “Open Xeca”.
“O serviço de inteligência da Polícia Militar acompanha as redes sociais e verificou que havia essa postagem de um local denominado Rancho do Patrão. Nesse post, o proprietário fazia o convite, vendendo ingresso a R$ 300 e oferecendo sexo enquanto o cliente conseguisse e com quantas prostitutas quisesse”, explicou o Subcomandante do 17º Comando Regional de Polícia Militar, o tenente-coronel Dakson Lima de Almeida.
A festa estava marcada para começar às 23h, mas a polícia chegou ao local duas horas antes. Uma operação foi montada com 18 militares, equipes da fiscalização de atividade urbana da prefeitura e a Secretaria Municipal de Trânsito. “A medida que as pessoas iam passando e viam a movimentação ficavam desestimuladas e não entravam. Nesse imóvel já estavam o proprietário, a mulher dele, cinco seguranças e 12 garotas de programa. No fundo do quintal a polícia encontrou 50 gramas de maconha que estavam enterradas”, explicou.
Ainda conforme a polícia, o suspeito, que não teve o nome divulgado e aparenta ter entre 35 e 37 anos, se reservou no direito de ficar calado. No entanto, as prostitutas contaram aos militares que receberiam R$ 300, cada, pela participação no evento. O restante do valor do ingresso ficaria como lucro do espaço de lazer.
Na casa não havia menores de idade. O flyer apontava que o evento seria fechado para 50 homens – que compraram o 1º lote da festa. No entanto, a polícia foi informada que o evento já estava no 2º lote. A casa de prostituição funcionava há menos de um ano no local, que fica às margens da BR-070.
“Isso tudo tem a tipificação criminal de rufianismo e favorecimento a prostituição. Logo, ele estava ocorrendo em crime e divulgado como se fosse algo comum”, destacou o policial.
O homem foi encaminhado à Delegacia de Plantão para prestar esclarecimentos. De acordo com a delegada da Delegacia de Mulheres da cidade, Ana Cristina Hasegawa, – para onde o caso foi encaminhado – o homem foi autuado por exploração sexual.
“Manter uma casa de prostituição não é crime. Crime é a exploração. Se a mulher é maior de idade e está no local de livre espontânea vontade não é configurado crime. No entanto, o delegado que estava de plantão no dia entendeu como exploração e o homem foi encaminhado ao sistema prisional”, explicou a policial.
A delegada tem dez dias – contando a partir da data do caso – para remeter o caso à Justiça.
O Tempo