Sabe aquela velha frase de que o cachorro é o melhor amigo do homem? Pois é, ela nunca fez tanto sentido e é tão real na vida do catador de papel Adelmar Correia de Lima, morador do bairro Goiânia, "prá lá do trevo de Sabará", na região Nordeste de Belo Horizonte.
Neste domingo de Dia das Mães, no burburinho e vaivém das pessoas na Feira Hippie, no Centro da capital, Aldemar estava na luta, sem descanso, na companhia inseparável de seus cachorros, os melhores parceiros: "Aqui, comigo, tenho sete, mas são dez. Três estão em casa. Dos dez, criei três e peguei sete na rua porque as pessoas querem o cachorro enquanto está bonitinho; quando ele fica velho, elas abondonam".
Sem querer ficar muito tempo longe de nenhum dos cachorros, Adelmar criou uma estratégia para tê-los por perto: "Semana que vem, trago para rua os três que ficaram em casa hoje. É assim, revezo".
Em toda amizade há alguns atritos, nada que não se resolvam. Mas Adelmar conta que precisa ficar de olho, colocar uma certa ordem, já que "os cachorros grandes não deixam os pequenos comerem nem beberem água." Comigo por perto não tem problema, tudo bem, mas se viro as costas…", diz.