Ex-presidente Jair Bolsonaro gastou R$27 milhões no cartão corporativo, mesmo dizendo que não gastava nada. O sigilo foi retirado pelo Governo Lula.

Enquanto brasileiros passavam fome, Bolsonaro gastava R$75 milhões no cartão do governo

Bolsonaro gastou R$ 1,46 milhão em um único hotel e R$ 362 mil em uma mesma padaria. Valores chamam a atenção, já que o ex-presidente tentava emplacar uma narrativa de 'homem simples'. Os valores devem ser investigados por suspeita de desvios. Há despesas com sorvete, cosméticos, pet shop e na Havan

Central de Jornalismo
Ex-presidente Jair Bolsonaro gastou R$27 milhões no cartão corporativo, mesmo dizendo que não gastava nada. O sigilo foi retirado pelo Governo Lula.
Ex-presidente Jair Bolsonaro gastou R$27 milhões no cartão corporativo, mesmo dizendo que não gastava nada. O sigilo foi retirado pelo Governo Lula.
Ex-presidente Jair Bolsonaro gastou R$27 milhões no cartão corporativo, mesmo dizendo que não gastava nada. O sigilo foi retirado pelo Governo Lula.

A imagem narrativa de um homem simples, que comia farofa como um selvagem, não emplaca mais. Enquanto brasileiros — cerca de 33 milhões—, passavam a integrar o mapa da fome, Jair Messias Bolsonaro gastava R$75 milhões no cartão do governo. A primeira informação, que apontava um gasto de R$27 milhões, era falsa, já que o governo de Jair Bolsonaro não fazia lançamentos básicos — por má fé ou incompetência.

O valor dos gastos foi divulgado depois da quebra do sigilo de 100 anos que Bolsonaro havia determinado.

Chama a atenção o gasto de um único hotel — R$1,46 milhões. O hotel Ferraretto fica no litoral paulista e recebeu dez pagamentos ao longo dos quatro anos de governo.

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No cartão corporativo, há gastos com sorvete (R$8,6 mil), cosméticos, pet shop, McDonald’s e na Havan — loja de um dos seus maiores defensores. O cartão também registra um gasto de R$ 362 mil em uma mesma padaria.

Bolsonaro foi o único presidente da República a dizer publicamente que não fazia uso do cartão. No entanto, a mentira, que parece integrar o DNA do governo que assombrou o Brasil e o mundo por quatro longos anos, foi descoberta.

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“Nunca gastei um centavo, eu posso sacar até R$ 25 mil por mês e tomar Itubaína, mas nunca usei”, disse ele sobre o uso do cartão com despesas pessoais em outubro do ano passado numa entrevista à Jovem Pan — uma emissora bolsonarista.

Ex-presidente comendo churrasco e farofa, se lambuzando, derramando a comida no colo e no chão | Foto: Reprodução
Ex-presidente comendo churrasco e farofa, se lambuzando, derramando a comida no colo e no chão | Foto: Reprodução

Bolsonaro disse ao menos 15 vezes em lives que não utilizava o cartão corporativo para despesas pessoais ao justificar que eram para bancar a equipe que o acompanha nas viagens e que os locais não eram de luxo.

O governo federal disponibilizou ainda os gastos dos cartões corporativos dos presidentes anteriores a partir de 2003, o que também inclui, portanto, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer.

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