Uma ação comercial da gigante Gillette com o craque Neymar Jr vem causando repercussões negativas à ambas as marcas. O comercial reforça a tese de um craque do futebol imaturo, mimado e sem voz própria.
Com uma leitura quase pré-escolar, o jogador da seleção brasileira reconhece que exagera nas simulações e que é um ser humano passível de erros.
Tido com um influenciador digital, Neymar sempre foi uma ‘marca’ de sucesso voltada ao brilhantismo, alegria e talento ─ mas a copa da Rússia de 2018 arranhou a imagem de um dos jogadores mais famosos do mundo.
A jornalista e consultora de imagem Dani Almeida, fala que a Gillette arriscou ao agregar sua marca à de Neymar ─ “É complicado uma empresa colar a sua imagem à do Neymar dessa forma. Pode ter parecido uma boa oportunidade, mas o risco é grande. Quando uma empresa cola sua imagem à de uma figura pública ela está se valendo dos atributos da marca daquela figura pública. Antes, jovem talento, “ousadia e alegria” etc. Agora, o do jovem imaturo (o que inclusive ficou claro no texto-desabafo do comercial) que não consegue ser profissional e não aguenta pressão/frustração. Que marca pode tirar vantagem de atributos como esse? Ok, caso a equipe de Neymar consiga recuperar sua imagem ao menos em partes (imagino que sim), a empresa pode continuar colando sua imagem à dele e ganhando atributos de superação etc. Mas quando o branding, ou seja a gestão da marca da figura pública não está em seu poder e essa marca é um ser humano, muito mais exposto é propenso a falhas… O risco está na mesa. “, disse a consultora.
A Gillette defendeu a campanha em uma rede social: “Nossa ideia é mostrar que a cada manhã, quando se olharem no espelho durante o barbear, todos os homens possam refletir sobre o dia anterior. Independentemente da batalha, todo dia é uma nova chance de fazer algo novo e ser melhor e mais forte”.
Assista ao comercial:
https://www.tudoemdia.com/2018/07/contrato-de-neymar-com-a-gillette-e-de-r-265-milhoes-comercial-gera-polemica/