DANIELA CORTE ESQUIZOFRENIA BAIXA

Esquizofrenia: como compreender e lidar com a doença

Central de Jornalismo
Arte esquizofrenia | Imagem: Tudo Em Dia - loop
Arte esquizofrenia | Imagem: Tudo Em Dia produções

A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico caracterizado pela perda de contato com a realidade. Trata-se de um dos transtornos mentais mais antigos conhecidos pela psiquiatria.

A doença se instala geralmente em pessoas jovens, sendo no homem entre 19 e 25 anos e na mulher por volta dos 29/30anos. A proporção da doença entre homens e mulheres é igual, ou seja, é de um homem para cada mulher com a doença.

A esquizofrenia apresenta dois tipos de sintomas: os produtivos e os negativos.

Os sintomas produtivos envolvem basicamente os delírios e as alucinações. Delírios são visões distorcidas da realidade, sendo o delírio persecutório o mais comum na esquizofrenia, assim, a pessoa acredita que está sendo perseguida e observada por pessoas e que estas estão tramando contra ela. Já as alucinações são caracterizadas por uma percepção que acontece independentemente de um estímulo externo, como escutar vozes.

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Os sintomas negativos são caracterizados pela diminuição dos impulsos e da vontade e por achatamento afetivo. Há a perda da capacidade de entrar em sintonia com o ambiente, de sentir alegria ou tristeza concordante com a situação externa. Os sintomas negativos fazem com que a pessoa se feche, fique com o olhar perdido e indiferente ao que acontece ao seu redor.

Em relação aos familiares, o primeiro passo é informa-los sobre o transtorno para que possam compreender melhor a doença e as necessidades da pessoa com esquizofrenia. Além disso, é necessário alertá-los que em alguns casos a pessoa nunca mais volta a ser como antes e portanto, a família terá que se reorganizar para acolhê-lo da melhor forma possível.

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O tratamento da esquizofrenia é bastante eficaz na regressão dos sintomas negativos e inclui o uso de medicação, psicoterapia e a participação em grupos que promovam sua reintegração na família, sociedade e trabalho. Em muitos casos, adultos jovens ou adolescentes diagnosticados com o transtorno conseguem manter suas atividades diárias e boa reintegração social.

Antigamente o tratamento envolvia a institucionalização desses pacientes e incluía métodos desumanos como choques, camisa de força etc. Atualmente vivenciamos algumas mudanças, entretanto ainda há muito para se mudar. Quando uma pessoa tem alguma crise/surto a primeira opção vista pelos familiares e sociedade é a internação psiquiátrica, porém o ideal é que indivíduos com esquizofrenia tenham um tratamento que os possibilitem se manter no contexto da família e da comunidade.

Daniela Lourenço Miranda Cortes — Psicóloga

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A posicionamento de colunistas não representa, necessariamente, a opinião do jornal Tudo Em Dia.

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