As estações Venda Nova, Vilarinho e Pampulha do Move ficaram fechadas entre o fim da noite dessa terça-feira (26) e o início da manhã desta quarta-feira (27).
De acordo com a BHTrans, tanto os ônibus do Move como as linhas alimentadoras, que ligam os bairros às estações, deixaram de circular entre às 23h às 5h da manhã.
A central de operações da BHTrans não informou os motivos que levaram as empresas de ônibus a interromperem o serviço e a quantidade de passageiros afetados pela paralisação.
O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) foi procurado pela reportagem de O TEMPO, mas até o momento nenhuma pessoa responsável pela assessoria de comunicação da entidade atendeu as ligações.
Nesta terça-feira, quatro ônibus foram incendiados em Minas Gerais, dois em Belo Horizonte e outros dois na cidade de Elói Mendes, na região Sul do Estado.
Na capital, os ataques aconteceram nos bairros Jardim Leblon e Céu Azul e destruíram completamente dois coletivos das linhas 640 (Jardim Leblon – Estação Venda) e 615 B (Estação Pampulha – Céu Azul B).
Em Elói Mendes, dois ônibus foram reduzidos a pó depois de dois ataques realizados por homens encapuzados que atacaram uma garagem de uma empresa de turismo. Nenhuma pessoa foi presa pelos ataques ocorridos nesta terça-feira.
Balanço
Segundo a Polícia Militar, 60 ônibus foram destruídos por incêndios criminosos entre os dias 3 e 20 de junho, em 70 ataques realizados em 41 cidades de Minas Gerais. Foram presas 90 pessoas e 26 menores foram apreendidos pela polícia suspeitos de participarem dos ataques.
Reunião
Uma reunião, marcada para 11h desta quarta-feira (27), entre o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, representantes do SetraBH, do Gabinete Militar do Estado, Guarda Municipal e BHTrans vai discutir os sucessivos ataques a coletivos ocorridos em Minas Gerais. O encontro vai acontecer na Prefeitura de Belo Horizonte.
No dia 8 de junho, o SetraBH informou, através de nota, que paralisaria os serviços do sistema de transporte coletivo em Belo Horizonte das 21 horas às 4 da manhã, caso algum outro ônibus de empresas ligadas ao sindicato fossem incendiados.
Na nota, o SetraBH informa ainda que as empresas operadoras do sistema de transporte coletivo da capital não tem condições financeiras para repor os coletivos destruídos e que o preço de um ônibus novo, que circula pelas ruas de Belo Horizonte, é de aproximadamente R$ 400 mil.