20092016 presidente olegario regiao da galena

Estiagem leva Prefeitura de Presidente Olegário decretar emergência

Central de Jornalismo
Local onde aparece o gado já foi um curso d'água que abasteceia a comunidade de Galena; local está seco há cinco meses (Foto: Defesa Civil/ Divulgação)
Local onde aparece o gado já foi um curso d'água que abasteceia a comunidade de Galena; local está seco há cinco meses (Foto: Defesa Civil/ Divulgação)
Local onde aparece o gado já foi um curso d’água que abasteceia a comunidade de Galena; local está seco há cinco meses (Foto: Defesa Civil/ Divulgação)

O município de Presidente Olegário, no Alto Paranaíba, decretou situação de emergência por conta da estiagem na área urbana e rural do Município. O pedido da Prefeitura foi feito em agosto e publicado no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (19). Com o decreto, a administração pretende conseguir construir barragens, já que em algumas comunidades não chove intensamente há quase nove meses.

Segundo o coordenador da Defesa Civil, Gilberto Moreira Braz, desde 2014 – ano em que o estado enfrentou a pior crise hídrica da ultima década – o abastecimento, principalmente na zona rural, não é mais o mesmo.

Um relatório elaborado no período de fevereiro a julho deste ano, pela Empresa Assistência Técnica Extensão Rural (Emater), aponta perdas de produção no campo devido a estiagem. O café é o item que lidera na lista com prejuízos da ordem de mais de R$ 17 milhões, com mais de três mil toneladas perdidas. Em segundo lugar está o milho com um prejuízo de mais de R$ 15 milhões. Em seguida a soja com uma perda de R$ 11 milhões.

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De acordo com o secretário de Obras, Adão Marcos Araújos, que mobiliza o abastecimento nas fazendas através de caminhões pipa, mais de 40 propriedades precisaram da água diariamente ou de acordo com a demanda. Em 2014 foram 97 propriedades atendidas e em 2015, com as ocorrências de chuvas, não foi necessário abastecimento.

Na zona urbana a situação ainda está normalizada. “Essas ocorrências são só na zona rural. O que preocupa é que a cada dia aumenta duas ou três propriedades que precisam desse serviço, isso porque os rios mais próximos não estão dando conta de fazer esse abastecimento”, explicou.

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No município de pouco mais de 22 mil habitantes, cerca de dez mil moradores (quase 50%) são da zona rural e os locais que mais sofrem com a estiagem são as regiões de semiárido como, por exemplo, na comunidade de Galena. Gilberto conta que não chove na região há mais de nove meses.

“Esse decreto irá possibilitar a construção de barragens e mais uma série de coisas que ainda não tivemos conhecimento. Em 2014 a situação foi a mesma. Recebemos recursos como cestas básica e recebemos água potável”, disse.

Ainda como destaca Gilberto, a água cedida aos moradores das áreas rurais pelos caminhões pipa não é potável e serve apenas para atividades domésticas e tratamento de animais como o gado. “Essa água não é própria para o consumo, serve apenas para atividades do dia a dia”, reforçou.

Relatório da Emater aponta perdas de produção no campo (Foto: Defesa Civil/ Divulgação)
Relatório da Emater aponta perdas de produção no campo (Foto: Defesa Civil/ Divulgação)

Abastecimento
O Ribeirão das Três Barras é o único que abastece a cidade e vem baixando o nível consideravelmente, mas ainda é suficiente para atender a demanda da população. Quando precisam retirar água para levar aos moradores mais distantes, a Prefeitura retira do Rio do Peixe ou Rio da Prata.

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