O ex-governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais por peculato e desvio de verba. O ex-secretário da fazenda da gestão petista, José Afonso Bicalho Beltrão da Silva, também foi indiciado. Ambos são suspeitos de desviarem de cerca de R$1 bilhão de reais.
O governo do Minas Gerais descontava os valores dos empréstimos consignados na folha de pagamento dos servidores estaduais, no entanto, não repassava os valores às instituições financeiras.
Os servidores, por consequência, eram cobrados pelas instituições bancárias e quando se recusavam a pagar duplamente a parcela do empréstimo, tinham o nome negativado.
O dinheiro foi usado pelo Poder Executivo estadual no momento em que o Estado de Minas Gerais enfrentava dificuldades financeiras.
Os desvios duraram aproximadamente nove meses e oitenta instituições bancárias foram lesadas. Milhares de servidores foram incluídos nos serviços de proteção ao crédito.
Fernando Pimentel e o ex-secretário José Afonso Beltrão da Silva também são indiciados por deixar uma dívida de mais de R$500 milhões para que a atual gestão efetuasse o pagamento às instituições bancárias.
Segundo a polícia, o ex-secretário José Antônio Bicalho prestou depoimento por escrito devido a pandemia de Covid-19. O ex-governador Fernando Pimentel não compareceu à delegacia para prestar depoimento.
As investigações tiveram início em agosto de 2019. O inquérito está sendo enviado à Justiça para confirmação ou não dos crimes.
Os indiciados, caso condenados, podem pegar pena de prisão de 02 a 12 anos.