São Paulo – A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quarta-feira, dia 16, o ex-governador do Rio de Janeiro (1999/2002) Anthony Garotinho e atual secretário de governo da Prefeitura de Campos de Goytacazes, no Norte fluminense. A detenção foi solicitada peloMinistério Público Eleitoral (MPE). Agentes da delegacia da PF da cidade de Campos, reduto eleitoral de Garotinho, cumpriram o mandado de prisão na residência do ex-governador no Flamengo, bairro da zona sul da capital fluminense.
Alertado da presença de policiais na portaria do edifício para cumprimento do mandado de prisão, Garotinho desceu e se entregou. Na garagem, uma viatura da PF já o aguardava.
A prisão do ex-governador do Rio é um desdobramento da Operação Chequinho, deflagrada para investigar a suspeita de compra de votos em Campos de Goytacazes nas eleições deste ano. Garotinho é secretário de Governo onde a ex-mulher dele é a prefeita da cidade. Em Campos de Goytacazes, a PF investiga o uso do Programa Cheque Cidadão para a compra de votos.
Garotinho acabou sendo derrotado em Campos nas eleições deste ano. Dr. Chicão (PR), vice-prefeito de Rosinha Garotinho (PR), foi derrotado já no primeiro turno. Rafael Diniz (PPS) levou a disputa com mais de 150 mil votos (55%), contra 81 mil de Chicão.
A operação prevê oito mandados de prisão temporária, outros oito busca e apreensão e um de condução coercitiva. O ex-governador foi levado para a sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro.
Vereadores
Em outubro, a PF prendeu três vereadores de Campos por suposto envolvimento no esquema – Kellenson Ayres Figueiredo de Souza (PR), Miguel Ribeiro Machado (PSL) e Ozeias Martins (PSDB). Outro alvo da Operação Chequinho é a secretária de Desenvolvimento Humano e Social da prefeitura de Campos Ana Alice Ribeiro Lopes de Alvarenga.
O criminalista Fernando Fernandes, defensor de Garotinho, afirmou que “prisão é ilegal”. O advogado vai recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para tentar revogar o decreto de prisão expedido pelo juiz da zona eleitoral de Campos. Um argumento da defesa é que o ex-governador não foi candidato nas eleições municipais.
Com Agência Estado