O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi preso na manhã desta quinta-feira na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo. Fabrício Queiroz, conhecido nacionalmente após o caso da ‘rachadinha’, foi preso pela Polícia Civil, com apoio do Ministério Público do Estado de São Paulo.
A mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, também teve a prisão decretada — ela não foi encontrada em seu endereço e é considerada foragida.
O esquema de ‘rachadinha’ é investigado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), local onde Flávio Bolsonaro atuou como deputado estadual entre 2003 e 2018.
‘Rachadinha’ é quando funcionários são coagidos a devolver parte de seus salários
Queiroz foi encaminhado à sede da Polícia Civil na cidade de São Paulo, onde passará por exames de corpo de delito. Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, em entrevista ao canal Globonews, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro será levado ao Rio de Janeiro, onde será ouvido.
Ainda não houve denúncia contra Queiroz, e a suspeita é de interferência em investigações.
Segundo a Folha de S.Paulo, contra outros suspeitos de participação no esquema da “rachadinha”, o MP-RJ obteve na Justiça a decretação de medidas cautelares que incluem busca e apreensão, afastamento da função pública, o comparecimento mensal em juízo e a proibição de contato com testemunhas.
São eles o servidor da Asssembleia Matheus Azeredo Coutinho, os ex-funcionários Luiza Paes Souza e Alessandra Esteve Marins e o advogado Luis Gustavo Botto Maia. Alessandra é atualmente assessora de Flávio no Senado.
Flávio Bolsonaro defende Queiroz
Em 26 de maio deste ano, Flávio Bolsonaro defendeu Queiroz quando fez uma live nas redes sociais para criticar Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro. Queiroz teve o trabalho elogiado pelo filho do presidente da República.
“Como eu me arrependo de ter, eu, te elegido governador. Quantas caminhadas você chegava do nada para me acompanhar? Você não me deu um voto. Você ficava ligando para o Queiroz. Um cara correto, trabalhador, dando sangue por aquilo em que acredita”, disse o senador, atacando o governador Witzel.