A família de Eduardo Ribeiro, de 44 anos, decidiu doar os seus órgãos após o ciclista ter a sua morte cerebral confirmada na tarde da última terça-feira, 27. Ele era bastante conhecido no meio por conta de sua paixão pelo esporte.
Ribeiro, que era arquiteto de profissão, foi atropelado na rodovia BR-365, na última sexta-feira, 23, em Uberlândia, enquanto treinava para uma competição. O condutor do veículo que o atropelou fugiu sem prestar socorro. O ciclista foi encaminhado para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), onde ficou internado até ter sua morte cerebral confirmada.
Patrícia Ribeiro, irmã de Eduardo, lembrou de todas as qualidades do irmão e ressaltou sua paixão pelo esporte.
“Meu irmão era um ser inquieto, com uma energia infinita. Treinava todos os dias, duas vezes ao dia, era arquiteto urbanista. Um cara aflito e preocupado o tempo todo e muito indignado com as questões sociais, as questões da cidade, questões que atrapalham todo mundo. Tinha um amor imenso por bichos e adotava cães. Um ser muito inconformado com as injustiças”, disse.
Preocupação com segurança
Ribeiro era muito conhecido no meio e fez bastantes amigos. Um deles é Frank Barroso, presidente da Associação de Ciclistas de Uberlândia, que fez questão de lembrar o amigo, que sempre se preocupava com sua segurança.
“Ele sempre teve cuidado com segurança, muito rígido com as coisas dele mesmo, com equipamentos de segurança e tudo. Quando ele pedalava na rodovia, sempre pedalava no acostamento. Nunca teve um acidente com ele antes, não que eu tinha conhecimento”, disse.
Barroso, inclusive, revelou uma entrevista de Ribeiro para um site, no qual ele mostrava sua preocupação com a segurança de muitos ciclistas.
“O problema de infraestrutura que mais atrapalha o ciclista é um problema comportamental. O comportamento de motoristas, o comportamento dos próprios ciclistas e o comportamento do poder público”, disse Ribeiro.
Fonte: V9 Vitoriosa