Alex Rocha e Kelle Oliveira
A Polícia Militar de Uberaba deve enviar nesta terça-feira (8) para a Polícia Civil uma ocorrência envolvendo o transporte inadequado de uma iguana, que foi encontrada dentro de uma correspondência nos Correios. Segundo a PM, o filhote estava em um Sedex e foi identificado por um funcionário da agência, nesta sexta-feira (4), durante inspeção de raio-X.
A PM de Meio Ambiente foi acionada e constatou as condições de maus-tratos, encaminhando o réptil para atendimento no Hospital Veterinário. Segundo o tenente Luciano, o caso deve ser investigado pela Polícia Civil. O MGTV entrou em contato com os Correios, que não quis se posicionar sobre o assunto.
A correspondência onde o animal estava tinha procedência de São Paulo com destino a Goiânia. A iguana foi colocada em uma caixa de sapatos, impedida de se movimentar. “Confirmamos os maus-tratos do animal, que estava totalmente amarrado em uma caixa, sem condição para se locomover. Não tinha alimentação e nem água e a respiração estava prejudicada. Se continuasse naquele estado, certamente não resistiria”, afirmou o tenente.
Segundo o especialista Cláudio Yudi, ainda não foi analisado o sexo do animal, que não corre riscos. Ele continuará em acompanhamento no Hospital Veterinário por tempo indeterminado. “Não fizemos sexagem ainda. Sabemos que é filhote de cerca de dois meses e não corre riscos. Por ser muito novo, não temos previsão de quando será liberado. Posteriormente, encaminharemos para o Centro de Triagem de Animais Silvestres de Uberlândia”, afirmou.
Casos em 2014
Ainda segundo a Polícia Militar do Meio Ambiente, este foi o primeiro caso de apreensão de répteis na cidade. Sobre ocorrências envolvendo animais silvestres, neste ano, outros 12 répteis foram recolhidos. Quanto às aves silvestres, foram 68 apreensões e 35 recolhimentos. Já a quantia de mamíferos recolhidos foi de 21.
O tenente Luciano afirmou que se configura como apreensão casos de animais vítimas de maus-tratos ou mantidos em cativeiro. Já sobre as ocorrências de recolhimento não se configura como crime.