A cinebiografia de Divaldo Franco chega aos cinemas nesta quinta-feira (12). O filme traz detalhes sobre a jornada do líder humanitário espírita de 92 anos, que nasceu no interior da Bahia e descobriu sua mediunidade logo cedo. Porém, “Divaldo – O Mensageiro da Paz” é muito mais que um filme sobre religião.
Conhecemos Divaldo ainda criança, aos 6 anos, confuso com o fato de conseguir ver pessoas que os outros não viam. Sua mãe, interpretada por Laila Garin, também confusa com a situação, tenta procurar ajuda na igreja, mas não recebe o auxílio que procurava. E, além de ser rejeitado por outras crianças, Divaldo sempre era reprimido por seu pai, interpretado por Caco Monteiro.
Passamos pela infância e juventude de Divaldo, até chegarmos ao ponto em que o líder espírita constrói sua primeira grande obra: a Mansão do Caminho – uma obra social que existe há 67 anos e começou sendo um abrigo para as pessoas em situação de rua e crianças abandonadas. Atualmente, o lugar ainda presta serviços sociais, educacionais e de saúde para a população. O diretor e roteirista Clovis Melo explica que fazer esse recorte da história da vida de Divaldo foi um desafio.
“Eu decidi contar a história que ninguém conhece do Divaldo, porque de 30, 40 anos para cá todo mundo sabe quem é Divaldo. Ele é um cara que palestrou no mundo inteiro, é um cara que está trabalhando, dá palestra no Brasil inteiro, no mundo inteiro. Então eu acabei optando por contar a história das primeiras manifestações mediúnicas dele, as primeiras visões, até quando ele lança o primeiro livro e fala da Mansão do Caminho.”
Apesar do recorte, o filme tem 2h de duração e mostra, principalmente, o jovem Divaldo descobrindo seus dons, passando por cima de preconceitos e aprendendo a usar sua mediunidade. Para isso, ele conta com o auxílio de sua guia espiritual Joanna de Ângelis, interpretada por Regiane Alves, que o acompanha desde pequeno.
Trailer
Carregado de emoção, fica claro que a missão do filme não é somente apresentar a história de Divaldo. A película aborda temas como tolerância, amizade, bondade e paciência. Clovis revela que fazer um filme que fosse além da proposta de biografia foi uma preocupação desde o começo da produção.
“Não é um filme que quer te catequizar. Se você não é espírita, não é um filme que vai ficar te catequizando nem tentando fazer que você mude de religião. Ele respeita a crença de quem quer que seja. Eu não queria fazer um filme sobre o mensageiro, eu queria fazer um filme sobre a mensagem da Joanna, a mensagem da caridade e a mensagem do quanto a gente precisa controlar e prestar atenção no que a gente pensa e no que a gente sente. Porque é nesse momento que a gente está pensando e está sentindo, no silêncio do nosso coração, do nosso cérebro, é que a gente está escolhendo quais são os espíritos que estão do nosso lado.”
Você pode conferir todos os momentos emocionantes e inspiradores de “Divaldo – O Mensageiro da Paz” nos cinemas a partir do dia 12 de setembro.
Reportagem, Larissa Lago