Brasil. Com a queda da economia e da renda no Brasil, a fome tomou proporções que há tempos não se via no país. Filas de pessoas em busca por ossos para comer acabou se tornando um retrato da situação do Brasil — em alguns estabelecimentos comerciais, antes doados, os ossos passaram a ser vendidos.
Mesmo com um quadro tão grave, o governo federal destruiu e praticamente zerou o orçamento do programa “Alimenta Brasil”. O programa social tinha o propósito voltado para a compra da produção agrícola de famílias e doação de comida para pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional.
A ação de combate a fome no Brasil chegou a ter em 2012 a aplicação de R$ 586 milhões do orçamento federal. Em 2021 foram R$ 58,9 milhões e, até maio deste ano, apenas R$ 89 mil.
Segundo dados da Conab (órgão do governo atrelado ao Ministério da Agricultura e um dos responsáveis pela execução do programa), o número de unidades recebedoras das doações de alimentos por parte do programa caiu de 17 mil em 2012 para 2.535 em 2020 (dado mais recente disponível). Já o total de fornecedores (famílias produtoras) passou de 128.804 em 2012 para 31.196 em 2020.