24102016 temer

Força-tarefa vai investigar gráficas que serviram à chapa Dilma-Temer

Central de Jornalismo
Presidente Michel Temer durante solenidade no Planalto

GABRIEL MASCARENHAS

Presidente Michel Temer durante solenidade no Planalto
Presidente Michel Temer durante solenidade no Planalto

O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Herman Benjamin determinou que uma força-tarefa —com policiais federais, técnicos da Receita e perito— analisem os dados bancários de três gráficas que constam como prestadoras de serviço da campanha da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer.

Benjamin é relator dos quatros processos em que o PSDB pede a cassação da chapa por suposto abuso de poder econômico e suspeita de uso de recursos desviados da Petrobras durante a corrida eleitoral de 2014.

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Em seu despacho, o ministro afirma que, dada a grande quantidade de material a ser examinada, é necessário a formação do grupo de trabalho “com o objetivo específico de colaboração na avaliação das movimentações financeiras das empresas periciadas, disponibilizadas pelo Banco Central do Brasil”.

Serão esquadrinhadas as contas da Rede Seg Gráfica e Editora; da VTPB Serviços Gráficos e da Mídia Exterior e a Focal Confecção e Comunicação, além dos dados dos proprietários dessas empresas. Todas tiveram os sigilos quebrados na semana passada por determinação do relator.

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Uma perícia realizada pelo TSE em agosto identificou que essas gráficas não apresentaram a documentação necessária para comprovar a prestação dos serviços para os quais foram contratadas.

Conforme a Folha revelou em julho do ano passado, um suposto controlador da Red Seg é um que, até 2013, tinha salário de R$ 1.490. A gráfica da qual ele seria proprietário não tinha nenhum funcionário em 2015 e recebeu R$ 6 milhões da campanha investigada.

Já a VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda foi remunerada em R$ 22,9 milhões, teoricamente, para prestar serviços de publicidade e fornecer materiais impressos. Há indícios de que trata-se de uma empresa de fachada, sem estrutura para oferecer os serviços contratados.

A Focal, a segunda na lista da melhor pagas pela campanha, recebeu R$ 24 milhões e também teria um motorista como controlador. O relator pediu acesso às movimentações financeiras das gráficas referentes ao período de 1º de julho de 2014 a 30 de junho do ano passado, ou seja, antes, durante e após as eleições de 2014.

TV Tudo Em Dia

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