
Capinópolis, Minas Gerais — Pouco mais de 1 ano após o início das discussões para regulamentação do fornecimento de água potável no Residencial Barbosa II, 22 construções tiveram seu fornecimento regularizado.
As cobranças da Câmara Municipal de Capinópolis foram intensas durante o ano de 2019. Em abril do último ano, os vereadores Caetano Neto da Luz (PSDB) e Edward Sales (PSDB), utilizaram a tribuna do Legislativo para reivindicar uma solução urgente para o caso. O parlamentar Caetano Neto da Luz oficializou documento requisitando esclarecimentos por parte da Cia de Saneamento de Minas Gerais —COPASA.

Em Junho de 2019, uma audiência foi marcada na câmara municipal. O encarregado COPASA, Edivaldo Salgado Diniz, foi sabatinado durante a sessão ordinária do Legislativo capinopolense. Os parlamentares cobraram esclarecimentos com relação a falta de fornecimento de água no residencial Barbosa II. Na ocasião, foi dito pelo encarregado que o fornecimento não havia iniciado por que faltava estrutura por parte da loteadora.

Segundo apurado pelo Tudo Em Dia à época, a COPASA não havia recebido a doação das áreas onde fica a ‘taça’ e os equipamentos de bombeamento. A estatal só opera o sistema de fornecimento de água quando há as doações e a rede de fornecimento de água é interligada, o que também não havia ocorrido.
A unidade central da Copasa, em Belo Horizonte, também respondeu a reportagem do Tudo Em Dia. ” Toda a infraestrutura de água e esgoto de qualquer empreendimento é responsabilidade do empreendedor, seguindo as especificações da Companhia. No caso do Residencial Barbosa II, em Capinópolis, o projeto já foi analisado pela Copasa e devolvido ao empreendedor para as devidas correções”, dizia a nota oficial.
Sofrimento das famílias
O residencial foi urbanizado em 2016, ainda no governo da ex-prefeita Dinair Isaac. Muitas famílias adquiriram lotes e iniciaram as construções sabendo da falta d´água, no entanto, não esperam que o prazo seria tão estendido.
O fornecimento de água era efetuado pelo caminhão pipa da prefeitura municipal. Por medo de infecções, muitas famílias não utilizavam a água para beber, tendo custos constantes com aquisição de água mineral.
Início das obras

As obras para fornecimento de água potável no residencial Barbosa II tiveram início no final de julho de 2019. Uma apuração do Tudo Em Dia apontou que a empresa ‘Residencial Barbosa Empreendimentos Imobiliários Ltda’ — que comercializou os lotes— terceirizou o serviço de instalação da rede de fornecimento de água no Barobosa II. A empresa terceirizada — que atua na área de construção civil— receberia uma série de lotes como pagamento pelos serviços prestados.
22 duas construções tiveram o abastecimento regularizado
Até o momento, 22 construções foram contempladas com o abastecimento regular de água no Residencial Barbosa II. Essas edificações foram relacionadas em uma das vistorias da Copasa em 2019.
Uma fonte da Copasa afirmou à reportagem que novas ligações só serão efetuadas após a loteadora regularizar pendências burocráticas, sem mencionar com exatidão quais seriam.
“Desde o início deste mantado temos cobrado a administração, a Copasa e a incorporadora para que pudesse vir a fazer essa obra de infraestrutura, a ligação da água na residência. A preocupação nossa é que desde o início deste mandato os moradores nos procuraram, pedindo que a Câmara Municipal se manifestasse para resolver este problema crônico. Por que, em pleno sudeste, o pessoal estava lá sem água potável. Então, nós cumprimos o nosso papel, representamos o cidadão. É uma conquista, mas ainda falta muita coisa ainda, o restante das pessoas que compraram”, pontuou Caetano Neto da Luz.
Ouça o parlamentar:
Por razão das políticas internas da estatal, o encarregado da Copasa em Capinópolis, Edivaldo Salgado Diniz, não comentou o caso.
