ITUIUTABA – A mobilidade é o grande desafio das cidades brasileiras para os próximos anos. O que seria uma grande alternativa como resposta eficiente no século 20, o automóvel acabou se tornando o grande vilão, levando à paralisia o trânsito nas grandes e médias cidades, elevando o desperdício de tempo e combustível, bem como os problemas ambientais e de ocupação do espaço público.
Os números são alarmantes, segundo dados do DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito, que registrou um crescimento de 400% na frota de automóveis e motocicletas nos últimos 10 anos.
Em Ituiutaba, segundo dados do DENATRAN e do Departamento de Trânsito e Transporte de Ituiutaba, esse número saltou 35 mil veículos em 2008 para 55 mil em 2013 (dados registrados até julho). São 20 mil veículos a mais em apenas 5 anos. Para se ter uma ideia desses números, hoje são 534 ônibus, micro-ônibus e vans circulando pelo trânsito local, além de 23.556 automóveis e 21.671 motos.
Observando os números, para cada 2 habitantes de Ituiutaba existe um veículo, sem contar com centenas de outros veículos que vêm das cidades vizinhas por conta de compras, consultas médicas e universidades.
O assunto tem sido tratado com muita seriedade pela administração municipal que, desde novembro do ano passado, priorizou a municipalização do trânsito, já registrado no Sistema Nacional de Trânsito e pela PRODEMGE, cuja documentação completa, foi concluída no início do segundo semestre deste ano, e encaminhada ao Conselho Estadual de Trânsito para sua aprovação.
De acordo com o DTTI, todas as exigências do CETRAN foram cumpridas, e a análise da documentação seria feita em setembro, contudo, por decisão do próprio CETRAN, a pauta foi adiada e será realizada ainda este ano.
Após a municipalização efetivada, começa o grande desafio do setor, que são os estudos e os projetos para melhoria no fluxo de veículos, o que de fato será um grande problema, principalmente pelo grande número de veículos que usufruem das vias públicas no dia a dia, especialmente na parte central.
Algumas medidas, como a mudança no sentido de vias públicas deu certo e surtiu um efeito positivo no fluxo de veículos, como o sentido único da Rua 36, Pepino Laterza, e outras que tiveram a alteração.
Para o DTTI, o maior desafio é dar solução ao fluxo de veículos na parte central da cidade, e isso deverá ser feito com muito estudo por parte de profissionais do setor, além da regulamentação de vagas para estacionamento na área comercial central.