Os funcionários do Centro Socioeducativo de Uberlândia (Ceseu) deflagraram greve por tempo indeterminado na última segunda-feira, 2. A paralisação das atividades também acontece em outras unidades espalhadas pelo estado de Minas Gerais.
Élder Ferreira, delegado sindical dos agentes do Ceseu, explicou que a categoria reivindica reajuste salarial, melhoria de benefícios e de condições de trabalho, como padronização de uniformes e a lotação do local.
O delegado também informou que apenas 30% do efetivo continuará trabalhando no local, conforme previsto por lei, e que apenas serviços básicos, como alimentação, atendimentos médicos e assistência jurídica, continuarão funcionando no Ceseu, enquanto que os demais estão paralisados.
Por enquanto, ainda não há a sinalização de que o governo estadual realizará alguma assembléia com a categoria para iniciar as negociações, segundo Ferreira.
Reclamações de parentes
A greve deflagrada pelos agentes do Ceseu se tornou motivo de reclamações de algumas pessoas que foram levar alimentos e outros mantimentos para familiares que estão internados no local.
Cleide Aparecida de Souza, que tem um filho apreendido no local, se deslocou na cidade de Frutal até o Ceseu e reclamou da falta de um aviso prévio a respeito da greve.
“Chegamos aqui e eles não tinham avisado nada pra nós. O que a gente reivindica é que quando tiver esses problemas, que eles liguem e avisem as pessoas que vem de fora, é difícil pra gente se locomover de lá até aqui, temos gastos”, disse.
Rebelião
No final da manhã desta terça-feira, após a manifestação dos agentes, os jovens apreendidos no local deram início a uma rebelião por conta da greve dos funcionários. Policiais militares se deslocaram até o Ceseu para controlar os ânimos.
O promotor da Vara da Vara da Infância e Adolescência, Jadir Cirqueira, já compareceu ao local para acompanhar a situação.
Texto atualizado às 12:34 para acréscimo de informações
Informações: Carolina Vilela