O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, na manhã desta quinta-feira, a 6ª fase da Operação Fênix. Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Uberlândia, Uberaba e Itumbiara, em Goiás.
A ação contou com o apoio da Polícia Militar (PM), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil (PC) e auditores da Receita Federal, além dos promotores de justiça Daniel Marotta Martinez, Adriano Arantes Bozola e Renata de Andrade Santos. A 6ª fase recebeu o nome de Operação Apate, em menção ao espírito da mitologia grega que saiu da Caixa de Pandora e simboliza o dolo, engano e fraude.
Durante a operação, foram cumpridos 23 mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão. Em nota enviada à imprensa, o Gaeco informou que apenas um investigado não foi encontrado e já é considerado foragido.
De acordo com o Gaeco, as investigações apontaram que uma organização criminosa foi criada com o objetivo de desviar cargas transportadas pelas estradas da região. O grupo apurou, pelo menos, o desvio de cinco mercadorias diferentes: sementes de milho, madeiras, balas e coberturas de chocolate, sucos e extrato de tomate.
Para conseguir realizar o desvio das cargas, a organização emitia placas, documentos (no caso, Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo, o CRLV), Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) e Registros de Evento de Defesa Social (REDS) falsificados, de acordo com o Gaeco.
A investigação também apontou que os investigados também cometeram o crime de tráfico de drogas, ao negociarem 160 gramas de pasta base de cocaína.
Sobre a Operação Fênix
A Operação Fênix foi deflagrada pelo Gaeco de Uberlândia no dia 19 de dezembro de 2017 e cumpriu, em sua primeira fase, mais de 200 mandados contra policiais civis, incluindo investigadores, escrivães e delegados, além de advogados em Minas Gerais, Mato Grosso e no Paraná.
Os investigados são suspeitos de corrupção ativa e passiva, associação criminosa, tráfico de drogas, roubo, falsidade ideológica, obstrução de Justiça, fraude processual, prevaricação, lavagem de dinheiro, tortura, entre outros.
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