Foram deflagradas na manhã deste sábado (21) pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) as operações ‘Kavod’ e ‘Disciplina da Lei’, em Uberlândia. O objetivo das ações é desestruturar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que tem atuado no Triângulo Mineiro.
O nome da primeira operação significa ‘Armadura de Deus’, enquanto que a denominação da segunda é uma referência ao termo utilizado pela organização criminosa. Ao todo, foram expedidos 42 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão. Até o momento, 20 pessoas foram presas. Dos presos em flagrante, dois foram por tráfico de entorpecentes e um por lavagem de dinheiro.
“As investigações visam coibir qualquer ataque à segurança da população e das forças de segurança. Dos 20 presos até o momento, três foram flagrante”, afirmou o delegado chefe da Polícia Civil, Marcos Tadeu de Brito.
ATUALIZAÇÃO: inicialmente o Gaeco havia informado que 22 pessoas haviam sido presas, no entanto, o número foi corrigido para 20. A atualização da reportagem foi feita às 12h29.
De acordo com o Gaeco, a facção estabeleceu ramificação armada no Triângulo Mineiro, com sede em Uberlândia. A investigação foi iniciada após o cumprimento de um mandado de busca e apreensão apreender o celular de um dos integrantes do grupo, que apontou a intenção de realizar ataques contra agentes de segurança pública.
Os integrantes da facção receberam ordens para atacar policiais utilizando métodos violentos, principalmente, com a utilização de armas de fogo. Os ataques teriam sido encomendados pelo alto escalão da facção.
O primeiro ataque ocorreu contra uma policial penal no dia 30 de julho de 2020, no Bairro Saraiva. A vítima teria sido escolhida aleatoriamente.
Outro policial penal também foi atacado no dia 9 de novembro, no Bairro Gran Ville. Ambos foram vítimas de armas de fogo.
Ainda conforme o Gaeco, a facção se organizava por meio de grupos no Whatsapp. A hierarquia de comando era estruturada a partir das peças de um tabuleiro de xadrez.
A organização criminosa também se organiza por meio de estatuto, que prevê, inclusive, a execução de familiares e membros desertores.
“Essa quadrilha atuava dentro e fora dos presídios. Todos os presos de hoje tem uma vasta ficha criminal”, disse o comandante da 9ª Região de Polícia Militar, Cel. Fernando Marcos dos Reis.https://b88c20afeba2eda40cfc55cb90f0ac53.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
Os presos prestarem depoimentos na seda da 9ª Região Integrada de Segurança Pública e depois foram conduzidos ao sistema prisional. “As nossas investigações continuarão a fim de que possamos responsabilizar todos que direta ou indiretamente laboraram nessas duas tentativas”, disse delegado-chefe do 9º Departamento de Polícia Civil, Marcos Tadeu.