Um galpão na rua Formiga, no bairro Lagoinha, na região Noroeste de Belo Horizonte, foi tomado por um incêndio na madrugada desta terça-feira (10). Segundo a Polícia Militar (PM), o imóvel é da família do deputado federal Luis Tibé (Avante). Vizinhos disseram à corporação que vândalos arrombaram o local por volta de 4h, atearam fogo e fugiram. Nenhum suspeito foi identificado até o momento. O Corpo de Bombeiros debelou as chamas às 7h.
A PM acredita que os principais suspeitos sejam usuários de drogas da região. “Não descartamos nenhuma possibilidade. Mas a região tem usuários que rotineiramente passam por aqui. Por isso acreditamos que eles tenham entrado no galpão para achar algum objeto que pudesse ser usado como moeda de troca para adquirir entorpecentes”, pondera o tenente Rodrigo Costa, do 16º Batalhão.
Um morador afirma, entretanto, que os suspeitos tinham outro objetivo. Para ele, os vândalos sabiam que o galpão tem relação com o deputado. O homem foi acordado durante a madrugada pelos barulhos dos vândalos e, da janela da casa onde mora, conseguiu ver um pouco do que acontecia. “Era um grupo grande. Creio que eram mais ou menos 10 pessoas, porque tinham alguns na rua e outros dentro do galpão. Não fizeram questão de esconder nada. Fizeram muito barulho quando entraram. Eles gritaram, xingaram, bateram e quebraram coisas”, disse.
“Ladrão quando quer roubar entra em silêncio e não tinha nada de valor ali. O galpão é do deputado há muitos anos e já vi guardarem material de campanha e de projetos sociais para crianças. Creio que entraram ali para vandalizar as coisas do deputado”, completa o vizinho do imóvel, que pediu para não ser identificado.
A PM isolou o local nesta manhã e aguarda a perícia da Polícia Civil. A reportagem de O TEMPO ligou para o deputado e para o gabinete dele em Brasília, mas as ligações não foram atendidas.
Um representante da família de Luis Tibé esteve no local para conversar com a PM, mas não quis comentar o caso.
Outro galpão em risco
Segundo o Corpo de Bombeiros, os vândalos podem ter provocado um curto-circuito na rede elétrica do imóvel para causar o incêndio. Os militares utilizaram aproximadamente 2.000 litros de água para apagar as chamas, que corriam o risco de se espalharem para um outro galpão ao lado com materiais têxteis.
A corporação destaca que a ação dos bombeiros foi rápida, o que impediu que o incêndio causasse mais estragos.